Notícias
COOPERAÇÃO
Iphan, UFMG e Prefeitura de Congonhas firmam acordo para criação do Centro de Estudos da Pedra
Santuário do Bom Jesus de Matosinhos em Congonhas, Minas Gerais - Foto: André Brasil/Iphan
Em uma cerimônia realizada no Museu de Congonhas, a Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Minas Gerais, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a Prefeitura Municipal de Congonhas e a Fundação Municipal de Cultura, Lazer e Turismo (FUMCULT) formalizaram, na última quarta-feira (25), um acordo de cooperação técnica para a criação do Centro de Estudos da Pedra.
A iniciativa prevê a implementação do Centro de Estudos da Pedra, na cidade de Congonhas (MG), como um espaço dedicado ao desenvolvimento de atividades de ensino, pesquisa e extensão, com ênfase na difusão do conhecimento sobre rochas, seus usos e processos de degradação. O objetivo é gerar subsídios técnicos para a preservação de bens culturais edificados em pedra, especialmente a pedra-sabão, amplamente empregada em monumentos, como o Santuário do Bom Jesus de Matosinhos. Os conhecimentos produzidos no âmbito do Centro deverão beneficiar não apenas o patrimônio de Congonhas e de Minas Gerais, mas também subsidiar ações em escala nacional.
Durante a cerimônia, o professor Antônio Gilberto, do Instituto de Geociências da UFMG, destacou o ineditismo do projeto: “Estamos dando um passo concreto na criação do primeiro centro do país dedicado à pesquisa sobre a utilização da pedra em bens culturais, com foco em metodologias não destrutivas”. O docente celebrou a concretização de uma proposta construída ao longo de anos.
André Macieira, coordenador técnico da Superintendência do Iphan em Minas Gerais, ressaltou a importância do novo centro como ponto de articulação do conhecimento técnico. “Essa parceria vai nos permitir tomar decisões mais precisas sobre a conservação desse tipo de patrimônio”, afirmou, mencionando também a urgência e a necessidade de “reunir o conhecimento existente, promover a troca de experiências entre os profissionais e disseminar informações sobre a conservação e manutenção da pedra-sabão.”. “O tempo é implacável, e nosso patrimônio, embora nobre, é frágil e requer cuidados”, afirma André.
A superintendente substituta do Iphan em Minas Gerais, Tainah Leite, celebrou o acordo como um marco de atuação integrada entre instituições federais, municipais e a sociedade. “Esse Centro será um espaço de pesquisa, mas também de participação cidadã, com ações formativas e de extensão, fortalecendo o cuidado compartilhado com o patrimônio cultural”, afirmou.
Segundo o acordo, o Centro de Estudos da Pedra funcionará nas instalações do Museu de Congonhas e contará com salas de pesquisa, espaços expositivos e um laboratório técnico. A estrutura permitirá o desenvolvimento de ações de ensino, pesquisa e extensão, com foco na conservação, caracterização e análise de processos de degradação de rochas utilizadas em monumentos históricos. A expectativa é que os estudos produzidos ali subsidiem práticas de conservação mais eficazes em todo o território nacional.
O acordo tem vigência inicial de 48 meses, podendo ser prorrogado, e prevê a formação de um conselho gestor com representantes das quatro instituições parceiras. O Centro também deverá se articular com redes nacionais e internacionais, ampliando o intercâmbio técnico e acadêmico.
