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INOVAÇÃO
Iphan moderniza Banco de Bens Culturais Procurados
Foto: Ales Sandoval Alves
Um passo importante para a busca e recuperação de objetos de valor histórico para o Brasil foi dado nesta quinta-feira (30/01). O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) lançou o novo Banco de Bens Culturais Procurados (BCP), o mais moderno e abrangente sistema do gênero, com novas funcionalidades, mais completo e preciso. A cerimônia de lançamento da plataforma foi realizada na sede do Iphan, em Brasília (DF).
Durante o evento, foram apresentadas as melhorias do sistema, que ampliam as possibilidades de busca e recuperação de bens históricos e artísticos, tornando-se ainda mais eficiente na identificação de peças desaparecidas. O sistema aprimorado conta com novos campos de descrição, funcionalidades mais precisas e ferramentas que facilitam tanto o registro de bens procurados e encontrados quanto a elaboração de estatísticas.
“Tudo o que fazemos tem um propósito: garantir direitos, cidadania e atender a sociedade. Nossa missão se concretiza quando conseguimos alcançar as pessoas, permitindo que resgatem suas memórias e exerçam seus direitos culturais por meio desta ferramenta”, destacou o presidente do Iphan, Leandro Grass, durante a solenidade.
Ele propôs ainda um exercício de reflexão: “Imagine que alguém entre em nossa casa e retire algo muito especial. Ou que uma comunidade, que semanalmente vai à igreja ou ao terreiro, de repente perceba o desaparecimento de uma imagem devocional. É um sentimento de perda e dor. O que estamos fazendo é um ato de reparação, de cicatrização dessas feridas na sociedade. As obras não pertencem apenas às instituições, mas às pessoas. Esse instrumento contribui para devolver ao povo aquilo que lhe é de direito”, afirmou.
Para o secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Ricardo Hoepers, o Iphan enfrentou com inovação um desafio que há anos mobiliza o governo e diversas instituições. “Cada peça desviada não é apenas um objeto perdido, mas um fragmento da nossa identidade e da nossa memória que se ausenta. Com essa ferramenta inovadora, temos esperança de que muitos desses bens sejam reencontrados e restituídos, resgatando não apenas a materialidade das obras, mas também a riqueza de sua história e espiritualidade”, frisou.
O secretário de Promoção Comercial, Ciência, Tecnologia, Inovação e Cultura do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Laudemar Gonçalves, destacou a importância do BCP no combate ao tráfico ilícito de bens culturais. “Esse é um desafio que ultrapassa as fronteiras do nosso país e exige esforços de articulação interna e cooperação internacional. Fortalecer ferramentas como essa significa reafirmar o compromisso do Brasil com a identificação, recuperação e proteção de nosso patrimônio, de imenso valor para a identidade e a memória nacional”, afirmou.
História
Criado em 1998, o BCP Iphan é o principal e mais antigo banco de dados do Brasil sobre objetos desaparecidos que integram o Patrimônio Cultural Brasileiro. O novo BCP disponibiliza um acervo atualizado com aproximadamente 1,8 mil bens cadastrados, entre esculturas religiosas, luminárias, tapeçarias, pinturas e outros objetos de valor histórico e artístico.
A plataforma atende a um amplo público, incluindo colecionadores, policiais, historiadores, jornalistas e acadêmicos, contribuindo para a difusão de informações sobre o patrimônio desaparecido. Além disso, o cadastro e a verificação das informações são realizados exclusivamente pelos técnicos do Iphan, garantindo maior segurança, rigor no controle dos dados e prevenção de duplicidades.
A cerimônia de lançamento do novo BCP contou com a presença do diretor do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização (Depam) do Iphan, Andrey Schlee; da coordenadora-geral de Autorização e Fiscalização do Depam, Elisa Taveira; da coordenadora de circulação de bens culturais, Talita da Silva Sá; da diretora do Departamento de Planejamento e Administração (DPA) do Iphan, Adriana Bortoli; do coordenador-geral de Tecnologia da Informação do DPA, Américo Arantes; da presidente do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Fernanda Castro; e do coordenador-geral de Proteção da Amazônia, do Meio Ambiente e do Patrimônio Histórico e Cultural da Polícia Federal, Renato Madsen.
Mais informações
Assessoria de Comunicação Iphan
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