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PATRIMÔNIO CULTURAL
Iphan lança livro “Mapeamento da Capoeira no Rio Grande do Sul”
Arte/Iphan
Em cerimônia realizada nesta sexta-feira (06/06), em Porto Alegre (RS), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) lançou o livro “Mapeamento da Capoeira no Rio Grande do Sul”, resultado do Módulo 1 do projeto de mapear a prática no estado, que passou pela capital gaúcha e cidades da região metropolitana: Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Gravataí, Guaíba e Viamão.
A superintendência do Iphan no Rio Grande do Sul definiu este trabalho como uma ação prioritária para ter uma ampla visão da realidade da prática cultural no território gaúcho, ciente da necessidade de registrar o conhecimento sobre a capoeira no estado para subsidiar ações de salvaguarda do patrimônio cultural nacional.
O livro é o primeiro passo dado rumo a este objetivo e, logo de início, identificou 71 grupos ativos, número que representa apenas uma pequena parte do grande universo da capoeira no estado. O trabalho foi feito em conjunto, com a união de detentores culturais, das lideranças dos grupos de capoeira, dos membros do Conselho Gestor da Salvaguarda e do Conselho de Mestres de Capoeira do Rio Grande do Sul.Esses agentes receberam o livro durante o evento de lançamento, em que também se destacou a ampla promoção dos resultados alcançados pelo mapeamento. “É fundamental reconhecer a importância dos recursos destinados às políticas de patrimônio realizadas pelo Iphan em parceria com entidades e grupos detentores. Eles desempenham papel essencial ao promover a colaboração direta com o Iphan para implementar ações previstas nos planos de salvaguarda da capoeira em todo o Brasil”, comentou o superintendente do Iphan no Rio Grande do Sul, Rafael Passos.
Rafael lembrou da página Aldir Blanc Patrimônio, lançada pelo Iphan no fim do mês de março, que centraliza informações e orientações sobre como usar a Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB) para a preservação, salvaguarda e fomento do Patrimônio Cultural Brasileiro. “Ainda temos um longo caminho a percorrer para coletar informações sobre a rica história da capoeira no nosso estado e precisamos de ações orçamentárias, projetos e atividades que viabilizem a continuação do trabalho”, reforçou ele.
Capoeira como patrimônio cultural
Em 2008, o Ofício dos Mestres de Capoeira e a Roda de Capoeira foram inscritos no Livro de Registro dos Saberes pelo Iphan, reconhecendo sua importância como expressão cultural de resistência e formação da sociodiversidade brasileira. Em 2014, a Roda de Capoeira também recebeu o reconhecimento da Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.
A capoeira é uma expressão cultural brasileira que combina esporte, luta, dança, filosofia e musicalidade, com origem ligada à resistência dos escravizados no Brasil colonial e imperial. Surgiu como uma forma de autodefesa contra a violência dos capitães do mato, que perseguiam escravos fugidos, e para disfarçar sua prática proibida, os capoeiristas incorporaram elementos coreográficos e musicais aos movimentos de luta.
O registro pelo Iphan e reconhecimento pela Unesco são marcos que garantem a salvaguarda dessa manifestação cultural, promovendo políticas de incentivo, educação e valorização da diversidade cultural brasileira.
A PNAB
A Política Nacional Aldir Blanc é uma iniciativa do Governo Federal pensada para apoiar o setor cultural de forma contínua e estruturar o sistema federativo de financiamento à Cultura, mediante repasses de recursos pela União aos estados, municípios e Distrito Federal. São previstos mais de R$ 3 bilhões em fomento.
Para destinar recursos da PNAB para o patrimônio cultural, o município precisa incluir ações e projetos nessa temática em seu Plano de Ação e detalhar como será a aplicação dos recursos em seu Plano de Aplicação Anual de Recursos (PAAR). Após a aprovação do Plano de Trabalho e do PAAR municipal pelo Ministério da Cultura, o município pode executar diretamente os recursos, ou fazer repasses para execução de ações do patrimônio cultural selecionadas a partir de editais específicos.
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