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NOVO PAC
Iphan e Prefeitura de Mariana (MG) celebram ordem de serviço para restaurar capela
Capela de Santana - Foto: Ana Maria Martins da Costa - Consultora UNESCO
Na tarde desta terça-feira (19/08), o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e a Prefeitura de Mariana (MG) celebraram ordem de serviço para início das obras de restauração da Capela de Santana, uma das mais antigas edificações religiosas do município. O ato marca mais uma etapa do conjunto de investimentos anunciados em fevereiro deste ano pelo presidente do Iphan, Leandro Grass, quando esteve na cidade para anunciar a liberação de R$ 22,7 milhões do Novo PAC destinados a importantes projetos de preservação do patrimônio em Minas Gerais.
As obras na Capela de Santana contemplam a recuperação estrutural da edificação, o tratamento de trincas, fissuras e umidade, além da reconstituição de uma parede interna. Também estão previstas intervenções de conservação e restauro dos elementos artísticos integrados e adequações em instalações complementares, sempre respeitando as características originais do templo.
O investimento total é de R$ 1,56 milhão, sendo 76,59% financiados pelo Novo PAC e o restante pela Prefeitura de Mariana, que vai aportar cerca de R$ 600 mil para garantir a restauração integral dos elementos artísticos. Os trabalhos iniciaram em março de 2025, incluindo a fase preparatória e o processo licitatório, com conclusão estimada para março de 2027.
Para o chefe do Escritório Técnico do Iphan em Mariana, Leandro Batista, a celebração “representa o início de um novo e importante ciclo para a preservação do patrimônio histórico e cultural de Mariana”. Segundo ele, a ação dá continuidade ao trabalho iniciado pelo PAC Cidades Históricas e agora fortalecido pelo Novo PAC. Batista destacou ainda que já estão em andamento cinco intervenções no município e que a expectativa é de que, até o fim do ano, outras três sejam iniciadas, reafirmando “o compromisso institucional com a salvaguarda do patrimônio cultural da cidade e de sua memória coletiva”.
Origem no século 18
A Capela de Santana, situada em uma pequena elevação na parte baixa da cidade, remonta, segundo a tradição oral, aos primeiros anos do século 18 e guarda um forte simbolismo para a memória religiosa local. Foi tombada pelo Iphan em 1939, por seu valor histórico e artístico, e, desde então, passou por manutenções pontuais, mas nunca por uma restauração integral. Hoje, o imóvel apresenta trincas, rachaduras e sinais de umidade, além de elementos artísticos em avançado estado de deterioração, o que torna a obra essencial para a preservação do conjunto.
Durante a cerimônia da assinatura simbólica da ordem de serviço, o prefeito Juliano Duarte ressaltou a importância da parceria com o Iphan e do Novo PAC, destacando o esforço da prefeitura em complementar os recursos necessários. Representantes do poder público municipal, da Igreja e da comunidade também estiveram presentes, entre eles o Secretário de Obras e Desenvolvimento Urbano, André Belico; o Secretário de Patrimônio Cultural e Turismo, Eduardo Batista; o pároco da Paróquia de Santana, padre Geraldo Buziani; o líder da associação de moradores do bairro Santana, José Geraldo Borges; e representantes da empresa Cantaria, responsável pela execução das obras.