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DEMOCRACIA RESTAURADA
Documentário e livro apresentam processo de restauro das peças danificadas no 8 de janeiro
Foto: Mariana Alves/Iphan
Marcando a conclusão de um projeto iniciado há um ano, de restauração das obras de arte vandalizadas nos ataques de 8 de janeiro de 2023 aos prédios dos Três Poderes, uma equipe da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) esteve, na tarde de quarta-feira (8), na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Brasília, para entregar outros dois produtos da parceria firmada entre as duas instituições.
Acompanhada de restauradoras, professores e técnicos da sua universidade, a reitora Isabela Fernandes Andrade presenteou o presidente do Iphan, Leandro Grass, com o livro "Restauração: democracia, preservação e memória" e uma cópia do documentário "8 de Janeiro: memória, restauração e democracia", produzido por professores e alunos do curso de Cinema da UFPel. Ao final da cerimônia, uma versão reduzida do documentário foi exibida para uma plateia de servidores e funcionários do Iphan, no auditório do Instituto. A data de exibição do documentário ao grande público ainda será definida, assim como a distribuição dos exemplares do livro entregues ao Iphan.
Livro e documentário apresentam depoimentos, bastidores e as articulações feitas para tornar possível a recuperação das obras de arte, que já haviam sido devolvidas ao Governo Federal na manhã dessa quarta-feira, em cerimônia no Palácio do Planalto. Além da atuação dos técnicos, autoridades e restauradores, o filme reconhece também o trabalho das equipes de limpeza dos palácios dos Três Poderes, fundamental para o restauro do conjunto de peças, que inclui pinturas, esculturas em metal e um vaso cerâmico. Ao todo, foram 20 obras restauradas por meio de um Termo de Execução Descentralizada firmado no início de 2024 entre Iphan e UFPel, com um investimento de aproximadamente R$ 2,2 milhões.
O acordo também incluiu a realização de ações de Educação Patrimonial em três escolas públicas do Distrito Federal, entre agosto e setembro de 2024, inspiradas no trabalho de restauro da UFPel. As ações alcançaram cerca de 500 alunos de Ensino Fundamental, que produziram suas próprias réplicas de algumas das obras de arte danificadas.
"Precisamos rememorar [os ataques] e, além disso, semear o futuro, como fizemos nas escolas, em que estudantes desenvolveram apreço e afeto pelo trabalho de restauro do Patrimônio", ressaltou o presidente do Iphan, Leandro Grass, parabenizando a equipe da universidade.
O diretor do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização (Depam) do Iphan, Andrey Schlee, destacou a complexidade e a relevância do projeto. "Foram muitas dificuldades enfrentadas, trabalho, esforço, viagens. O Depam tem uma imensa satisfação em ter contribuído para esse projeto, que está sendo concluído na data mais simbólica possível", disse ele, sublinhando o aniversário de dois anos dos ataques de 2023.
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