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PATRIMÔNIO EDIFICADO
Consistório da Igreja da Candelária, no Rio de Janeiro (RJ) é entregue restaurado
Fotos: Oscar Liberal / Iphan
Na manhã desta sexta-feira (21/2), o consistório da Igreja de Nossa Senhora da Candelária, um dos marcos arquitetônicos do Rio de Janeiro (RJ), foi entregue restaurado, resgatando parte importante da história do patrimônio religioso e artístico da cidade. A restauração do espaço, destinado a reuniões e assembleias religiosas, revelou uma pintura original de 1882, assinada pelo renomado artista João Zeferino da Costa. Iniciada em outubro de 2023, a obra – de responsabilidade da Irmandade do Santíssimo Sacramento da Candelária, que administra a igreja -- foi acompanhada pela equipe técnica do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Entre os presentes na cerimônia estavam a superintendente do Iphan no Rio de Janeiro, Patrícia Wanzeller, além das técnicas do Iphan envolvidas no projeto, a arquiteta Catherine Gallois e a restauradora Cláudia Nunes.
"Esse trabalho reforça a importância da conservação preventiva e do olhar técnico cuidadoso para proteger a memória cultural do País”, afirmou a superintendente.
“A descoberta da pintura original de João Zeferino da Costa foi um achado extraordinário. Esse trabalho reforça a importância da conservação preventiva e do olhar técnico cuidadoso para que possamos proteger a memória cultural do País”, afirmou a superintendente.
Durante o processo de decapagem, os restauradores encontraram a pintura original preservada sob camadas de tinta posteriores. O projeto inicial previa apenas a recuperação do forro e das paredes, que apresentavam fissuras, desbotamento e danos causados por infiltrações. No entanto, a descoberta alterou os planos.
Segundo Djavan Mascarenhas, arquivista da Irmandade do Santíssimo Sacramento da Candelária, a pintura de João Zeferino da Costa retrata anjos em festa celestial entoando hinos e lançando flores em uma apoteose ao Santíssimo Sacramento. Assim que descoberta, a obra passou por um minucioso processo de decapagem mecânica para remoção das camadas superiores de tinta, garantindo a preservação do trabalho original. As paredes com pintura em estêncil também foram restauradas, recebendo limpeza, consolidação e tratamento para fissuras.
Outro achado significativo durante a restauração foi um respiradouro inédito, localizado ao redor do cômodo, cuja função é ventilar o espaço entre o forro e a sala. Esse elemento estrutural, antes vedado com gesso, foi reaberto com autorização da equipe técnica do Iphan, restaurando a ambiência original do espaço.
Essa estrutura favorece a conservação e reduz os danos causados pelo intenso tráfego de veículos no entorno da igreja. Segundo Cláudia Nunes, o respiradouro diminui a trepidação do teto, que antes provocava rachaduras na pintura. Agora, sua funcionalidade original foi retomada, garantindo maior estabilidade ao espaço.
Além disso, o altar do consistório também passou por um processo de restauração.
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