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PROGRAMA CONVIVER
Conexões do Patrimônio levou oficinas e saberes tradicionais à cidade de Goiás
Foto: Iphan
A cidade de Goiás (GO) recebeu a 1ª edição do Conexões do Patrimônio – Oficinas e brincadeiras, uma ação do Programa Conviver, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). O evento foi na quinta-feira (5/6), às 14h30, e promoveu atividades voltadas à promoção, valorização e preservação do patrimônio cultural local, com foco na participação de estudantes da rede pública municipal, mas aberto a toda a comunidade.
A programação contou com oficinas práticas de produção de tijolos de adobe (tijolos sustentáveis feitos de barro e palha mesclados, que é moldado e seco naturalmente), pintura com tintas naturais e escultura em argila, além de rodas de conversa, trocas de saberes e articulação com instituições locais. A ideia foi aproximar diferentes gerações das técnicas tradicionais e das reflexões sobre o patrimônio material e imaterial da antiga Vila Boa, reconhecida por sua riqueza histórica e cultural. 
A arquiteta do Iphan, Beatriz Otto Santana, afirmou que ação reforça dois pilares do programa Conviver/Canteiro Modelo de Conservação: a valorização do saber fazer das técnicas construtivas tradicionais como estratégia para preservação do conjunto e a apropriação dos espaços pela comunidade detentora.
“A proposta metodológica, com oficinas lúdicas e diversão, estimulando os sentidos e o fazer com as próprias mãos, ficará marcada na memória afetiva de cada um e contribuirá no fortalecimento da identidade coletiva, tão necessária para a apropriação desse legado que é deles”, disse.
A iniciativa contou com o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape), do Iphan e da Prefeitura de Goiás. As ações desenvolvidas fizeram parte dos projetos de pesquisa e extensão vinculados ao Programa Conviver na Universidade Federal de Goiás (UFG), por meio do projeto Ybipitanga – Canteiro Modelo Vila Boa.
Programa Conviver
O Programa Conviver é iniciativa do Iphan em parceria com institutos e universidades federais que oferece assistência técnica pública e gratuita a famílias de baixa renda que vivem em imóveis tombados ou localizados em conjuntos urbanos protegidos. Implementado em cidades históricas do país, o programa busca promover a conservação desses bens culturais a partir da valorização dos saberes locais e da atuação colaborativa entre comunidades, instituições de ensino e o poder público.
Sua estratégia se baseia na criação de Canteiros-Modelo de Conservação, onde moradores, professores e estudantes trocam conhecimentos sobre técnicas construtivas tradicionais e práticas de preservação. A iniciativa busca fortalecer os laços entre as pessoas e o patrimônio e estimular o protagonismo das populações locais na gestão cultural de seus territórios.
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