Projeto pioneiro do controle social na saúde reunirá pesquisadores de todo o Brasil

Cem pesquisadores de diversas universidades brasileiras, selecionados pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) via chamada pública, vão participar da 16ª Conferência Nacional de Saúde (8ª+8), evento marcado para ocorrer de 4 a 7 de agosto, em Brasília. O objetivo é mapear o perfil dos mais de cinco mil conferencistas que vão estar no evento, além de fortalecer o controle social na saúde a partir de dados qualificados de todo o amplo processo participativo que a conferência envolve.

O projeto vem sendo desenvolvido pela Comissão de Relatoria da 16ª Conferência e é considerado pioneiro no CNS. De acordo com Francisca Rêgo, coordenadora da comissão, ex-conselheira nacional de saúde, professora da Universidade Potiguar (UNP) e do Centro Universitário do Rio Grande do Norte (UNI-RN), os dados vão compor o relatório final do evento e vão servir também como memória e fonte de pesquisa para outros projetos de pesquisa.

O material será um diagnóstico da participação social na saúde brasileira, unindo olhares de diferentes agentes sociais. “O controle social é composto por representações de todos os povos, entre gestores, trabalhadores e usuários da saúde. Precisamos aproximar as universidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Isso é para que a gente possa ampliar a relação do controle social com a academia, com a comunidade e com a gestão dos serviços públicos”, afirma a professora.

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A pesquisa intitulada “Saúde e democracia: estudos integrados sobre participação social na 16ª Conferência Nacional de Saúde” vai reunir estudantes de graduação ou pós-graduação para coleta de dados, realização de entrevistas e observação das ações que compõem a programação da conferência.

Rede de pesquisa do controle social na saúde

De acordo com Alcindo Antônio Ferla, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e membro da comissão, o projeto atende a uma demanda necessária na área. “O controle social na saúde ainda é pouco desenvolvido em pesquisas. Esse projeto dá visibilidade aos participantes. É uma pesquisa do controle social para o controle social, sem a tendência do distanciamento que muitas metodologias colocam. Isso é simbólico”, afirmou.

A Comissão Nacional de Ética e Pesquisa (Conep), do CNS, avaliou com parecer positivo a implementação do projeto. Alcindo explica que essa é uma ação transversal, que vai evidenciar pessoas engajadas com instituições de ensino, mas também com movimentos sociais. “Nosso grupo de pesquisadores é heterogêneo. Temos uma possibilidade de contribuição rica e interdisciplinar. Isso será um ciclo, teremos um estudo abrangente da participação no SUS no Brasil”.

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Banco de Dados Público

O material será divulgado aos poucos, à medida em que os dados forem sendo trabalhados. Tudo ficará disponível nas páginas do CNS para que outros pesquisadores dentro e fora do país possam ter acesso aos dados coletados.

Fonte: Ascom CNS