AOPA

• Clivagem étnica/social: Povos e Comunidades tradicionais; Agricultores Familiares;
• Proposta Apoiada: 1) Aprimorar a articulação comercial; 2) Reformar/estruturar a Estação Piloto de Beneficiamento de Plantas Medicinais e Fitoterápicos; e 3) Capacitar e prestar assistência técnica para os agricultores – plantio e manejo, legislação, modos de uso e preparo;

A Associação para o Desenvolvimento da Agroecologia (AOPA) concluiu com sucesso esse importante projeto voltado para o fortalecimento da cadeia produtiva de plantas medicinais e fitoterápicos. Realizado entre junho de 2023 e setembro de 2024, a iniciativa contou com o apoio do PNUD e do Ministério do Meio Ambiente, trazendo avanços significativos para agricultores familiares e comunidades quilombolas do Paraná.

Infraestrutura Modernizada para Processamento

Um dos grandes destaques do projeto foi a reforma e modernização da estação piloto de beneficiamento localizada em Colombo, com 102 m² totalmente revitalizados, o espaço recebeu 6 novos equipamentos e 27 utensílios, incluindo secadoras e desidratadoras, que ampliaram a capacidade de processamento de ervas medicinais.

Mercado em Expansão

A equipe do projeto realizou um intenso trabalho de prospecção comercial, resultando em:

• 10 termos de parceria assinados com empresas dos setores farmacêutico, alimentício e cosmético
• Entrega de 60 amostras de produtos como farinha de maracujá e plantas medicinais secas
• 37 visitas técnicas a potenciais compradores
• 39 publicações promocionais nos canais de comunicação da AOPA

Capacitação e Certificação Orgânica

O projeto investiu fortemente na qualificação dos produtores:

• 42 cursos realizados, totalizando 433 horas de capacitação
• Mais de 60 agricultores capacitados em técnicas agroecológicas
• 27 produtores em processo de renovação da certificação orgânica pela Rede Ecovida
• 2 novos grupos quilombolas iniciando o processo de certificação
• Produção de 4.600 mudas de maracujá para futuros cultivos

Desafios e Perspectivas Futuras

Apesar dos avanços, alguns desafios permanecem:

• A produção ainda não atingiu o volume necessário para contratos comerciais de grande escala
• O processo de regulamentação sanitária da unidade piloto está em andamento
• A safra do maracujá, principal produto de interesse comercial, ainda está em fase de crescimento

Para os próximos meses, a AOPA planeja:

• Concluir o processo de certificação orgânica até 2025
• Finalizar a regularização sanitária da unidade de processamento
• Ampliar a produção para atender às demandas comerciais já identificadas
• Fortalecer as parcerias com indústrias interessadas
• Impacto Social e Ambiental

O projeto trouxe benefícios que vão além dos números:

• Inclusão produtiva de comunidades quilombolas
• Resgate e valorização de conhecimentos tradicionais sobre plantas medicinais
• Adoção de práticas agroecológicas que preservam o meio ambiente
• Geração de novas oportunidades de renda para agricultores familiares

A AOPA mantém suas portas abertas para visitantes e novos parceiros interessados em conhecer de perto os resultados deste projeto transformador.