Ação do Brasil
Na COP29, em Baku, no Azerbaijão, o governo brasileiro apresentou a nova meta climática para 2035, a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil. A meta prevê a redução entre 59% e 67% das emissões líquidas de gases de efeito estufa em relação a 2005, atingindo entre 850 milhões e 1,05 bilhão de toneladas de CO2 equivalente.
O documento engloba todos os setores da economia, está fundamentado na melhor ciência disponível e prevê instrumentos como a Plataforma Brasil de Investimentos Climáticos e Transformação Ecológica (BIP) para mobilizar tecnologia e investimentos nacionais e internacionais. Também engloba os três eixos prioritários da plataforma: soluções baseadas na natureza e bioeconomia, indústria e mobilidade e energia, com o objetivo de transformar o país rumo à neutralidade de carbono e promover desenvolvimento sustentável.
Com a emergência climática, eventos extremos, como secas no Pantanal e na Amazônia e fortes chuvas no Rio Grande do Sul em 2024, tornar-se-ão mais frequentes. Combater o aquecimento global é responsabilidade de todos os países.
Elaborado desde 2023 pelo Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima, o Plano Clima é o guia de ações até 2035 com dois pilares: mitigação, para reduzir emissões de gases de efeito estufa, e adaptação dos sistemas naturais e humanos. Inclui estratégias nacionais, planos setoriais e estratégias transversais, abordando financiamento, governança, capacitação e transição justa.
A construção do plano contou com ampla participação social, com quase 1.300 propostas recebidas digitalmente e oito plenárias presenciais em todos os biomas, além de consultas públicas à Estratégia Nacional de Adaptação.
O Plano Clima subsidiou a nova NDC do Brasil, que define metas para 2035 sob o Acordo de Paris: reduzir de 59% a 67% as emissões líquidas de gases de efeito estufa em relação a 2005, equivalendo a 850 milhões a 1,05 bilhão de toneladas de CO equivalente, refletindo os objetivos da política climática nacional no plano internacional.