Estudantes e comunidade gaúcha visitam obras do Memorial do RS

O Memorial do Rio Grande do Sul, centro cultural localizado no Centro Histórico de Porto Alegre (RS), abre suas portas para visitas mediadas, neste sábado (16/08) e domingo (17/08), às obras de restauro que estão em andamento desde março deste ano. Esta iniciativa parte do conceito de “Canteiro Aberto”, que visa aproximar o público do processo de preservação, fomentando a educação patrimonial e fortalecendo o vínculo da comunidade com seus bens culturais. O Memorial foi danificado durante as enchentes de 2024, que atingiram grande parte do estado, e recebeu recursos do Novo PAC para sua recuperação.

As visitas serão conduzidas pelo Educativo do Memorial e pelo Estúdio Sarasá, empresa responsável pela execução dos trabalhos. Ambas integram o Plano de Ação Memorial RS — Projeto Integrado de Educação Patrimonial PAC-PC. A programação se divide da seguinte forma:

• Sábado, 16 de agosto: visita destinada a estudantes do Curso Técnico em Edificações da Escola Técnica Estadual Parobé.
• Domingo, 17 de agosto: visita aberta ao público, com limite de 20 participantes, que devem se inscrever pelo email educativo-memorial@sedac.rs.gov.br e ter, no mínimo, 14 anos de idade.

A abertura para visitação pública às obras representa um passo importante na democratização do acesso ao patrimônio cultural e na sensibilização para sua preservação. É uma oportunidade de presenciar a dedicação e o cuidado em resgatar e perpetuar um espaço tão significativo para a memória gaúcha.

Restauração do Memorial

Construída entre 1910 e 1913, a edificação, que já foi a antiga sede dos Correios e Telégrafos, passa por melhorias nas instalações, que hoje abrigam três instituições vinculadas à Sedac: o Memorial, o Arquivo Histórico e o Museu Antropológico, além do Espaço Cultural Correios. As restaurações incluem:

• Recuperação de pisos, forros e cobertura;
• Recuperação de esquadrias, fachada e paredes;
• Execução de nova rede elétrica;
• Execução de novo sistema de climatização;
• Recuperação de sanitários;
• Recuperação da Torre do Relógio, um dos elementos mais simbólicos do conjunto.

Os recursos para a execução das obras somam R$ 6,62 milhões e são provenientes do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), do Governo Federal. O prédio histórico é tombado pelo Iphan desde 1980, o que significa que é reconhecido como patrimônio cultural nacional e está sob proteção legal para preservação.

“O Iphan já manifestou a disponibilidade de mais recursos do Novo PAC para atender às demandas da edificação, atingida pela enchente de 2024”, destaca Rafael Passos, superintendente do Iphan no Rio Grande do Sul. A ordem de serviço foi assinada em 18 de março e a previsão de conclusão é de 18 meses.

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