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5ª CNSTTT
Conferências Livres Nacionais de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora renovam a agenda dos desafios da saúde no mundo do trabalho
Foto: Reprodução web
As Conferências Livres de Saúde mais uma vez mostram a todo Brasil como renovar o exercício democrático da participação social em saúde, trazendo mais permeabilidade aos temas afetos à saúde da população. Esse é o caso das conferências livres que vêm compondo a 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora ( 5ª CNSTT), levando propostas e diretrizes sobre o mundo do trabalho para a etapa nacional, em agosto.
Essa etapa da 5ª CNSTT já conseguiu mobilizar a realização de 116 Conferências Livres Nacionais em todo Brasil, com os mais diversos temas, causas, movimentos e populações representadas, discutindo em torno do tema da saúde da trabalhadora e do trabalhador como direito humano. Junto com as etapas municipais, estaduais e macrorregionais serão mais de 600 conferências que comporão o processo ascendente de formulação de propostas para a saúde do trabalhador e trabalhadora.
Desse conjunto de conferências livres nacionais, 63 já haviam sido realizadas até essa segunda (21/04), e outras 39 estão agendadas para acontecer nessa última semana do calendário regimental. Esse é o caso da Conferência Livre Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora da População LGBTQIAPN+, que acontece nessa terça e quarta (22 e 23/04), na Fiocruz Brasília.
Luiz Leão, coordenador-geral da Vigilância em Saúde do Trabalhador, participou da atividade híbrida, onde destacou a capacidade de uma conferência livre como essa de lançar novos marcos, frente a toda discussão acumulada sobre o tema desde 1984, e que compõem o texto da Política de Saúde do Trabalhador e Trabalhadora.
“Esse é um texto vivo. Que depende de gente que torne a palavra ação em cada contexto, em cada território. Por isso é uma dinâmica constante. Aplicar e vivenciar o texto da política precisa de luta constante. A pergunta é como esse texto se acopla às lutas da população LBTQIAPN+?”.
Leão também destaca o processo saúde-doença que é inerente ao universo do trabalho, que expõe a riscos físicos e psiscossociais. “Me arrisco a dizer que toda a situação de adoecimento está de certo forma vinculada ao processo de trabalho. É preciso rever a relação entre o adoecimento e os processos de produção”.
O ministro da saúde convocou a população para mobilização em torno da 5ª CNSTT, destacando junto da presidenta do CNS, Fernanda Magano, o período das Conferências Estaduais e distrital, que iniciam no mês de junho. Alexandre Padilha também rememorou que conferências livres estão sendo realizadas dentro do Ministério da Saúde, por meio das suas secretarias, chamando os trabalhadores da pasta para participação.
É importante lembrar para as pessoas participantes e organizadoras das conferências livres que é preciso solicitar a integração dos resultados à Etapa Nacional, de forma a compor as propostas que serão debatidas em Brasília, em agosto.
Confira aqui como integrar uma conferência livre à etapa nacional da 5ª CNSTT
Agenda de Conferências Livres Nacionais
21/04
1ª Conferência Livre Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, organizada pela CMP
22/04
Conferência Livre Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora da População LGBTQIAPN+
23/04
Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT)
1ª Conferência Livre Nacional de Saúde da Trabalhadora e do Trabalhador da CUT
1ª Conferência Livre Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora da Confetam
24/04
26/04
Conferência Livre do Cebes - “Saúde no Mundo do Trabalho como Direito Humano
28/04
1a Conferência Livre Nacional de Profissionais da Comunicação Pública
29/04
Abrasco e Fiocruz - Conferência Livre Nacional: "Precarização do Trabalho e Direitos Humanos: como garantir o direito à saúde das trabalhadoras e trabalhadores informais e precarizados"
30/04
Conferência Livre Nacional de Saúde dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Ministério da Saúde
Luiz Filipe Barcelos
Conselho Nacional de Saúde

