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Saúde nas Américas
Mesa Diretora do CNS recebe novo integrante da Opas/OMS no Brasil, Cristian Morales
Foto: Ascom/CNS
Conselheiras e conselheiros nacionais de saúde integrantes da mesa diretora do Conselho Nacional de Saúde receberam, no dia 25 de fevereiro, a delegação da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas/OMS) e o novo representante no Brasil, Cristian Morales Fuhrimann.
Cristian Morales é natural do Chile e possui quase 20 anos de experiência junto à Opas/OMS. Antes de assumir o escritório no Brasil, foi representante da Organização na Venezuela (de 2022 a 2025), México (de 2018 a 2022) e Cuba (de 2015 a 2018).
É economista pela Universidade de Montreal, com mestrado em Economia e Administração de Serviços de Saúde. Atuou como professor e pesquisador em economia da saúde, com foco em intervenções para HIV/AIDS, sistemas de saúde para idosos e avaliação de intervenções no sistema de saúde do Canadá. Também liderou estudos sobre custos, eficiência e qualidade de atendimento em diversos países como Haiti, Argélia e Tunísia.

- Foto: Ascom/CNS
Encontro com mesa diretora CNS
Na ocasião, Cristian Morales destacou que o encontro é uma de suas primeiras agendas realizadas no país, dado a relevância do trabalho realizado pelo CNS e do SUS como referências para a saúde global.
“O CNS inspira o mundo com suas ações democráticas na construção das políticas públicas de saúde. O colegiado teve um importante papel para resolução aprovada no ano passado, que visa fortalecer a participação social nos países, demonstrando a necessidade de se trabalhar no contexto internacional de uma liderança estratégica, na região das américas e em nível global”, ponderou.
Fernanda Magano, presidenta do CNS, reforçou que os vínculos de trabalho entre o Conselho e a Opas/OMS passam pelo compromisso com a democracia. “Daremos continuidade nas nossas ações para o fortalecimento do SUS, e a relação mais direta com a Opas é essencial para este processo, como, por exemplo, nas ações para a mobilização da 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora”.
Para Dra. Socorro Gross, este vínculo institucional e de trabalho que terá continuidade, é também uma prioridade nesta fase de transição. “A palavra é de gratidão por todo o aprendizado e por todo o trabalho que vocês fazem para o Brasil. “É um trabalho de luta e para todos os dias. O direito à saúde não e um presente, mas resulta de lutas que acontecem há muito tempo e feita por muitas pessoas que já não estão mais por aqui”, finalizou.
Com mais de 30 anos de experiência junto à Opas/OMS, a médica Socorro Gross Galiano chegou ao Brasil em 2018 para representar a organização e ocupou o cargo até fevereiro deste ano. Ela despede-se do cargo para ceder a gestão à Cristian Morales. Durante a 363ª RO do CNS, Socorro foi homenageada e celebrada pelo trabalho frente à Opas, sempre em permanente diálogo com o controle social do SUS.

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Participação social e Incidência Internacional
O Brasil é apontado como o líder global de participação social na saúde e esta experiência institucionalizada tem mobilizado a atenção (e o trabalho) de outros países. Durante a 77ª Assembleia Mundial da Saúde, realizada em Genebra (Suíça), em maio de 2024, por consenso pelos países membros da OMS, uma resolução inédita sobre a Participação Social em Saúde foi aprovada.
O documento determina que a sociedade civil influencie na tomada de decisões em todo ciclo das políticas públicas de saúde, de forma transparente, o que já é constituinte do Sistema Único de Saúde brasileiro há 37 anos, desde sua formação promulgada pela Constituição Federal de 1988.
Para o coordenador de Sistemas e Serviços de Saúde da Opas/OMS, Júlio Pedroza, também presente na reunião entre CNS e Opas/OMS, essa união entre as instituições pode ser uma oportunidade para a construção de um centro colaborativo para exportar a saúde como um direito sob o respaldo da participação social.

- Foto: Ascon CNS
Neilton Araújo, conselheiro nacional de saúde que integra a mesa diretora do conselho destacou o engajamento da relação entre o controle social do SUS e a Organização, com destaque para o período da pandemia de Covid-19. “Há expectativa de construir a força do SUS de mãos dadas (com a Opas) e o Conselho tem construído uma propriedade coletiva, na construção também de uma identidade política nesse momento tão importante para o continente americano e em todo mundo”, finalizou.
Ascom
Conselho Nacional de Saúde