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5ª CESTT: Controle Social da Bahia levará 76 pessoas delegadas à 5ª Conferência Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora
Ascom CNS
A 5ª Conferência Estadual de Saúde do Trabalhador e da Trabahadora da Bahia (5ª CESTT), realizada de 3 a 5 de julho, reuniu na capital baiana, mais de 800 pessoas, entre usuários, trabalhadoras (es) e gestoras (es) do Sistema Único de Saúde (SUS), observadoras(es), convidadas(os) e equipe de apoio.
Durante os três dias de conferência, as 500 pessoas delegadas eleitas nas etapas municipais debateram 108 propostas, vindas das nove macrorregiões de saúde do estado da Bahia, nos três eixos centrais: “Política Estadual de Saúde da Trabalhadora e do Trabalhador”, “As Novas Relações de Trabalho e a Saúde da Trabalhadora e do Trabalhador” e “Participação Popular na Saúde das Trabalhadoras e dos Trabalhadores para o Controle Social”.
Durante a mesa de abertura, a conselheira nacional de saúde e integrante da Comissão Organizadora da 5ª CNSTT Edméia Gonçalves, representou o CNS e relembrou que “a última conferência de saúde do trabalhador aconteceu em 2014 e, cinco anos depois, tivemos a pandemia da Covid-19, com sequelas que atingiram, principalmente, os trabalhadores da saúde. Então, essa é a hora de ajudarmos a construir uma saúde mais justa, mais eficaz e mais humanizada”, afirmou.
Para a etapa nacional, que acontecerá entre os dias 18 a 21 de agosto, em Brasília-DF, foram eleitas 76 pessoas delegadas que defenderão as três diretrizes e as nove propostas em torno da precarização das relações de trabalho, dos ataques aos direitos históricos trabalhistas e a relação da saúde mental das pessoas com os assédios nos espaços de trabalho.
“A 5ª CESTT da Bahia é mais uma ferramenta do Sistema Único de Saúde com o protagonismo do controle social, onde ajudamos a construir não só a Política Nacional de Saúde, mas a do estado da Bahia”, explicou o presidente do Conselho Estadual de Saúde da Bahia (CES-BA), Marcos Gêmeos.
Palestra Magna e Mesas dos Eixos Temáticos
No primeiro dia da conferência, foram realizadas a palestra magna e as três mesas dos eixos centrais. Com o tema “Saúde da trabalhadora e do trabalhador como direito humano”, a palestra magna foi conduzida pela economista e supervisora técnica do escritório regional do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos da Bahia (Dieese/BA), Ana Georgina Dias, que abordou a forma como o capitalismo, enquanto modelo econômico, atinge a saúde das pessoas.
“Desde sempre, a questão do trabalho e, até a falta dele, atinge a saúde das pessoas. No capitalismo, a questão do trabalho sempre foi um fator adoecedor, no entanto, atualmente, temos aspecto que potencializam isso: as políticas neoliberais, a crise nos modelos de acumulação e os efeitos da Covid-19”, alertou Ana Georgina.
As mesas de debates dos três eixos da 5ª CESTT tiveram como palestrantes, a médica sanitarista e diretora de Vigilância e Atenção à Saúde do Trabalhador da Bahia (DIVAST/SESAB), Letícia Nobre, a médica do trabalho e sanitarista, Rita de Cássia Fernandes e o enfermeiro, doutor em Saúde Pública e membro coordenador da Comissão Intersetorial de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora do muncípio de Vitória da Conquista-BA (Cistt-BA), Luis Rogério Cosme.
Cris Cirino
Conselho Nacional de Saúde
Fotos: Cris Cirino e Robson Faria (CES-BA)



