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14º Abrascão
Fernanda Magano destaca desafios climáticos e reforça mobilização para a 18ª Conferência Nacional de Saúde
Foto Ascom CNS
A presidenta do Conselho Nacional de Saúde, Fernanda Magano, participou da atividade Pré-Congresso do 14º Abrascão no Fórum “Ecos da COP30 e da Cúpula dos Povos na Saúde Coletiva”. Na Roda de Conversa sobre as ações estratégicas do SUS frente à agenda climática, ela compartilhou experiências vividas na COP30, no início de novembro em Belém do Pará, onde esteve presente nos três dias dedicados à Semana da Saúde, em mesas e eventos sobre saúde coletiva, mitigação e participação social.
Fernanda destacou como a agenda climática tem exigido novas formas de pensar o SUS, especialmente na atenção primária e na construção de serviços de saúde resilientes. Ela ressaltou a relevância do papel do AdaptaSUS e seus desdobramentos diante da crise climática, destacando como o SUS pode se fortalecer e se reorganizar para responder melhor a esses novos desafios. Alertou ainda sobre a urgência de considerar também os impactos das emergências climáticas na saúde mental, com o aumento da ecoansiedade. A presidenta lembrou ainda que as reflexões sobre os efeitos do clima são temas permanentes na participação social, citando os debates recentes sobre esses efeitos no mundo do trabalho, tema que ganhou força na 5ª Conferência Nacional de Saúde das Trabalhadoras e Trabalhadores, realizada em agosto de 2025.

- Foto: Ascom CNS
Fernanda reforçou o chamamento para a mobilização para 18ª Conferência Nacional de Saúde, cujas etapas municipais e estaduais estão previstas para acontecer a partir de fevereiro do próximo ano. Ela lembrou que os desafios são grandes e destacou a importância de fortalecer o tema do clima no controle social e que o CNS tem incentivado os conselhos estaduais e municipais a criarem comissões específicas, como a Comissão Intersetorial de Vigilância em Saúde (CIVIS), fundamental no debate sobre vida, saúde e clima. Finalizou dizendo que o controle social também tem atuado para a criação da primeira comissão estadual intersetorial de vigilância e saúde.
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“Nosso incentivo é que outros estados também trabalhem nessa perspectiva na relação direta de pensar as questões do efeito clima, mas também as modificações humanas que vão acontecendo nos territórios. Precisamos aprofundar esse debate e somar esforços para proteger a vida num ambiente cada vez mais impactado pelas emergências climáticas”, afirmou. A presidenta do CNS também participou da mesa “APS como coordenadora do cuidado e integrado às Redes de Atenção à Saúde (RAPS): desafios e perspectivas”, ao lado da conselheira nacional de saúde Shirley Morales. O encontro reuniu pesquisadoras(es), gestoras(es) e representantes institucionais para discutir os desafios e os caminhos para fortalecer a Atenção Primária à Saúde. |
Conselho Nacional de Saúde
Elisângela Cordeiro
