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Saúde na Primeira Infância
CNS defende políticas públicas de monitoramento e avaliação para desenvolvimento infantil em Seminário do MS
O Conselho Nacional de Saúde defendeu a importância de debater estratégias e de compartilhar experiências que qualifiquem as políticas públicas de monitoramento e avaliação do desenvolvimento infantil, durante o Seminário Internacional de Monitoramento do Desenvolvimento na Primeira Infância.
“O monitoramento do desenvolvimento, na primeira infância, é crucial para o desenvolvimento humano. Durante esse período, as crianças aprendem a se comunicar, a pensar, a sentir emoções e a interagir com o mundo ao seu redor. Trata-se de uma fase fundamental”, destacou Vânia Leite, conselheira nacional de saúde e coordenadora da Comissão Intersetorial de Atenção Integral à Saúde nos Ciclos de Vida do CNS (CIASCV/CNS).
A atividade foi promovida pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (29), e contou também com representantes do Chile, Uruguai e México. Os objetivos do evento foram criar oportunidades para troca de experiências entre atores nacionais e internacionais, promover um debate especializado sobre o tema, fortalecer a cooperação entre países da América Latina e fornecer subsídios para políticas públicas.
No caso do Brasil, espera-se que os debates e conclusões do seminário possam apoiar a definição de uma estratégia para o monitoramento populacional do desenvolvimento infantil, com o objetivo de subsidiar a implementação da Política Nacional Integrada para a Primeira Infância.
Desenvolvimento na primeira infância
Os primeiros anos de vida são críticos para o desenvolvimento físico, cognitivo e socioemocional das crianças, sendo essenciais para que se tornem adultos plenos. Medir o desenvolvimento na primeira infância é fundamental para que decisores políticos, organizações e outros atores tenham as informações necessárias para elaborar e implementar políticas e programas eficazes.
Avaliações em nível populacional são utilizadas para o monitoramento do desenvolvimento das crianças. Essencialmente, essa prática envolve avaliar o desenvolvimento infantil, incluindo a análise dos fatores de risco ou de proteção presentes no ambiente familiar e social, bem como a avaliação das habilidades e capacidades da criança de acordo com a sua faixa etária.
Modelo de Cuidados Integrais
A OMS, o UNICEF e o Banco Mundial lançaram o Modelo de Cuidados Integrais, um guia para apoiar o desenvolvimento infantil. Esse modelo incentiva a implementação de políticas e serviços integrados e efetivos para garantir ambientes que atendam às necessidades de nutrição e saúde das crianças, sejam acolhedores e emocionalmente receptivos, protegidos de violências e adversidades, que ofereçam estímulos adequados ao desenvolvimento, além de oportunidades para brincar e explorar. O objetivo é ajudar as crianças a sobreviverem e se desenvolverem, transformando, assim, a saúde e o potencial humano.
A conselheira Vânia Leite, que também é integrante da Mesa Diretora do CNS, também destacou o trabalho realizado pela Pastoral da Criança, que enfatiza a relevância dos primeiros 1000 dias de vida — período que abrange a gestação (aproximadamente 270 dias) e os dois primeiros anos de idade. “Esse intervalo é determinante para o desenvolvimento físico, mental e emocional, impactando a saúde por toda a vida”, finalizou.
Natália Ribeiro
Conselho Nacional de Saúde com informações da OPAS/OMS
Crédito das fotos: Marlon Max/ MS


