Projeto para o Setor de Manufatura de Espumas de Poliuretano
O Projeto para o Setor de Manufatura de Espumas de Poliuretano (PU) é desenvolvido no âmbito do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH), com execução do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e financiamento do Fundo Multilateral para a Implementação do Protocolo de Montreal (FML).
O projeto tem como objetivo eliminar o uso do HCFC-141b no processo de fabricação de espumas de poliuretano, promovendo a migração para tecnologias livres de substâncias que destroem a camada de ozônio (SDOs) e com baixo potencial de aquecimento global (GWP).
Os recursos do PBH auxiliam as empresas elegíveis na conversão tecnológica, que pode envolver adaptações nas plantas industriais, aquisição e melhoria de equipamentos, desenvolvimento de formulações, adequações de segurança e assistência técnica. Como contrapartida, as empresas beneficiadas se comprometem a cofinanciar parte dos custos excedentes da conversão e a eliminar definitivamente o uso de SDOs, especialmente o HCFC-141b, de seus processos produtivos.
A conversão é implementada por meio de duas modalidades:
- Subprojetos individuais, voltados a empresas de maior consumo de HCFC-141b, que conduzem diretamente o processo de conversão;
- Subprojetos guarda-chuva, implementados por “casas de sistemas” que apoiam micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) usuárias finais de poliuretano.
Essas ações contemplam atividades de capacitação técnica, testes laboratoriais, validação de tecnologias alternativas e adaptação de processos produtivos.
Resultados
O PBH é estruturado em três etapas:
- Etapa I (concluída) – viabilizou o congelamento e redução de 10% do consumo de HCFCs no país, beneficiando cerca de 250 empresas do setor de espumas de poliuretano;
- Etapa II (em fase final) – foca na eliminação total do HCFC-141b no setor de PU, correspondendo a 300,9 toneladas PDO, com investimentos de aproximadamente US$ 15 milhões, contemplando cerca de 470 empresas em todo o país; e
- Etapa III (em andamento) – concentra esforços na preservação da reserva de HCFC-22, com ações de regeneração, reciclagem e prevenção de vazamentos, além de promover o uso seguro de fluidos alternativos de baixo GWP e alta eficiência energética.
Financiamento
Os recursos destinados à conversão tecnológica são divididos em:
- Custos de Capital Incremental (ICC) – referentes às adaptações físicas e de equipamentos para operação segura com os novos agentes de expansão;
- Custos Operacionais Incrementais (IOC) – compensação temporária à empresa para cobrir eventuais aumentos de custos na operação com a nova tecnologia durante o primeiro ano de uso.