Estratégia Federal do Voluntariado para o Manejo Integrado do Fogo
Diante dos desafios impostos pelas mudanças climáticas e pelo aumento da ocorrência de incêndios florestais em diferentes biomas brasileiros, o Governo Federal tem investido em estratégias integradas e participativas para a gestão do fogo.
Desde 2022, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) tem liderado a criação da Estratégia do Voluntariado no Manejo Integrado do Fogo, em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e o IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas. A iniciativa conta com o apoio da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), no âmbito do Projeto "Parcerias para Inovações para a Proteção da Floresta Tropical na Amazônia".
Os documentos da Estratégia, que estão em fase final de validação, têm como objetivo ampliar, fortalecer e orientar a participação da sociedade no manejo integrado do fogo, reconhecendo e valorizando as contribuições de diferentes setores na proteção de paisagens, territórios, culturas e modos de vida de populações locais, para a conservação da biodiversidade e para o equilíbrio climático.
As brigadas florestais voluntárias e comunitárias devem sempre buscar parcerias com instituições do poder público, como prefeituras, órgãos ambientais estaduais e federais e universidades, além de organizações da sociedade civil e do setor privado. Isso permite que as brigadas consigam captar ou compartilhar recursos, adquirir suporte técnico, capacitações e fortalecimento organizacional e ampliar suas redes de apoio e comunicação.
Essas iniciativas são importantes, pois são integradas por pessoas que estão nos territórios atingidos, conhecem melhor a região e podem atuar para prevenir ou combater um incêndio florestal antes que atinja proporções maiores. A partir dessa Estratégia, espera-se estruturar diretrizes para a trilha de aprendizado dos brigadistas, de modo a nivelar seu conhecimento e atuação, sejam eles voluntários ou comunitários.