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Seminário em Goiás discute gestão participativa do Patrimônio Mundial
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) promove, entre os dias 2 e 4 de setembro, em parceria com instituições locais, o I Seminário Internacional do Patrimônio Mundial da Cidade de Goiás. O encontro acontecerá no Cine Teatro São Joaquim, em Goiás (GO), e tem como objetivo mobilizar a sociedade civil e articular parcerias para a construção de um modelo de gestão participativa do sítio reconhecido como Patrimônio Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em 2001, e cujo centro histórico é tombado pelo Iphan desde 1978.
Segundo a historiadora Renata Galvão, da superintendência do Iphan em Goiás, a iniciativa busca avançar na formação do Comitê Gestor e na definição de diretrizes que subsidiarão o futuro Plano de Gestão do sítio. “Ao final do seminário, a expectativa é já termos a composição do comitê, com representantes institucionais e da sociedade civil. Esse grupo será responsável por elaborar o regimento interno e conduzir a elaboração do plano de gestão”, explicou.
O título de Patrimônio Mundial conferido pela Unesco impõe desafios e responsabilidades. Para mantê-lo, é necessário seguir diretrizes internacionais de preservação e gestão. “A experiência de outros países que também possuem bens reconhecidos pela Unesco nos oferece exemplos de boas práticas. Isso nos permite pensar soluções adaptadas à realidade local, sem perder de vista os parâmetros internacionais”, destacou a arquiteta.
A gestão do Patrimônio Mundial da Cidade de Goiás envolve desafios de diferentes naturezas — políticos, econômicos, ambientais e sociais. Entre eles estão a expansão imobiliária, o crescimento agrícola com risco de supressão vegetal, além das mudanças climáticas que afetam diretamente áreas naturais.
“A preservação desse patrimônio depende de uma articulação eficiente entre União, Estado, município, instituições culturais e órgãos ambientais. Também é fundamental garantir a participação ativa da sociedade civil no comitê gestor, assegurando uma gestão verdadeiramente compartilhada”, ressaltou Renata.
Integração entre cultura e natureza
O reconhecimento da Unesco à Cidade de Goiás abrange tanto o Centro Histórico, que remonta ao período colonial e à exploração aurífera, quanto sua relação com o entorno natural, como a Serra e o Rio Vermelho. Essa conexão torna ainda mais necessária a atuação conjunta de órgãos voltados à preservação do patrimônio cultural e do meio ambiente.
De acordo com Renata Galvão, o seminário é um passo fundamental para consolidar a governança do sítio e enfrentar os desafios do mundo contemporâneo: “Precisamos de uma estrutura articulada e representativa que permita debater, propor alternativas e garantir a preservação do patrimônio para as próximas gerações”.
O evento conta com parceria do Sebrae Goiás, da Universidade Federal de Goiás (UFG), do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), da Prefeitura da Cidade de Goiás, do Governo de Goiás e do Ministério da Cultura.
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Assessoria de Comunicação Iphan - comunicacao@iphan.gov.br