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ARQUEOLOGIA
Iphan vistoria sítios arqueológicos em São Gabriel da Cachoeira (AM)
Foto: Iphan-AM
Nos dias 25 e 26 de novembro, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) realizou uma ação de campo em São Gabriel da Cachoeira (a 850 quilômetros de Manaus) para vistoriar e registrar sítios arqueológicos de grande relevância histórica e simbólica para a região do Alto Rio Negro. A visita faz parte do calendário anual de fiscalizações do instituto, voltadas à proteção do patrimônio arqueológico amazônico. Os vestígios arqueológicos possibilitam contar parte da história dos povos indígenas que habitaram a região.
Os sítios já eram de conhecimento do Iphan, contudo a vistoria possibilita a atualização dos dados cadastrais junto ao Banco de dados no Sistema Integrado de Conhecimento e Gestão (SICG). Durante a vistoria, o arqueólogo Jaime Oliveira, em colaboração com a comunidade local, identificou blocos rochosos com marcas de polimento, amoladores, terra preta arqueológica (solo encontrado em sítios arqueológicos que indica ocupação humana pré-colonial) e fragmentos de cerâmica pertencentes aos povos originários da região, localizados nas proximidades da orla da cidade.
Outro ponto visitado foi o Sítio Arqueológico denominado Pedra da Fortaleza, área que há séculos guarda vestígios da presença humana e testemunhos da fortificação portuguesa de 1761. O local, antes conhecido como “Pedra da Cozama”, ganhou um novo nome por iniciativa da própria comunidade, que busca valorizar a memória coletiva e o sentido de pertencimento ao território.
De acordo com a superintendente do Iphan no Amazonas, Beatriz Calheiro, a ação teve como objetivo verificar o estado de conservação dos sítios e orientar medidas de proteção e manejo. O trabalho integra as iniciativas permanentes do instituto para garantir que o patrimônio cultural da Amazônia continue vivo, estudado e protegido.
“Cada fragmento, cada marca nas pedras, é uma história que a gente precisa preservar. A orla da cidade São Gabriel da Cachoeira apresenta um patrimônio cultural riquíssimo, como possibilidade de impulsionar um turismo sustentável por meio de visitação aos sítios arqueológicos que são verdadeiros museus a céu aberto, e a nossa missão é garantir que essas memórias não se percam com o tempo”, disse Beatriz.
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