Rybrevant ® (amivantamabe): nova indicação
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Nome do produto |
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Empresa |
Janssen-Cilag Farmacêutica |
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Categoria |
Nova indicação |
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Indicação |
Inclusão de indicação terapêutica Foi aprovada a inclusão de indicação terapêutica para o produto Rybrevant® para: Rybrevant pode ser indicado em combinação com lazetinibe, para o tratamento de primeira linha de pacientes adultos com câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) localmente avançado ou metastático com mutações de deleção no éxon 19 ou de substituição L858R no éxon 21 do receptor do fator de crescimento epidérmico (EGFR). O produto já tem as seguintes indicações aprovadas: • em combinação com carboplatina e pemetrexede, para o tratamento de primeira linha de pacientes adultos com um tipo de câncer denominado câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC). É usado quando o câncer está avançado (já se espalhou pelo corpo) e possui certas alterações (mutações de inserção no éxon 20) em um gene chamado EGFR (receptor do fator de crescimento epidérmico). • em combinação com carboplatina e pemetrexede, para o tratamento de pacientes adultos com um tipo de câncer denominado câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC). É usado quando o câncer está avançado (já se espalhou pelo corpo) e possui certas alterações (mutações de deleção no éxon 19 ou de substituição L858R no éxon 21) em um gene chamado EGFR (receptor do fator de crescimento epidérmico), quando a doença progrediu durante ou após o tratamento com um inibidor de tirosina quinase (EGFR TKI) de terceira geração. • como monoterapia para o tratamento de pacientes já tratados com câncer de pulmão de não pequenas células. É usado quando o câncer já está avançado e possui certas alterações (mutações de inserção no éxon 20) no gene EGFR |
| Publicação no DOU | 20/01/2025 |
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Mais informações |
Em uma visão geral, o câncer de pulmão é classificado em dois grupos: os carcinomas de pequenas células (CPPC) e os carcinomas de não pequenas células (CPNPC). Dentro desse segundo grupo estão incluídos o adenocarcinoma, o carcinoma de células escamosas e o carcinoma de grandes células. Nos últimos anos, o diagnóstico tem sido feito cada vez mais com base molecular, evidenciando em estudos específicos as diferentes famílias de genes e o evento mutagênico envolvido, assim caracterizando cada tipo histológico com suas alterações moleculares peculiares.
O CPNPC é responsável por 85% a 90% dos cânceres de pulmão. O CPNPC avançado é uma doença terminal grave que responde por aproximadamente 20% de toda a mortalidade por câncer e, até recentemente, tinha uma sobrevida global mediana de aproximadamente 1 ano.
O atual padrão de tratamento para CPNPC com EGFRm (receptor do fator de crescimento epidérmico) mutado é o inibidor de tirosina-quinase de terceira geração (EGFR TKI) osimertinibe, o qual melhorou a sobrevida livre de progressão (SLP) e sobrevida global (SG) versus inibidores de tirosina-quinase de primeira geração. Apesar da eficácia inicial, quase todos os pacientes tratados com osimertinibe desenvolveram resistência. Mecanismos de resistência à osimertinibe são diversos e com a maioria sendo alterações no gene MET e mecanismos de EGFR. As diretrizes de tratamento recomendam a quimioterapia baseada em platina (carboplatina e pemetrexede) como a próxima linha de terapia com uma sobrevida livre de progressão (SLP) mediana histórica de 4,4 – 5,5 meses em pacientes com progressão da doença depois de tratamento com inibidor de tirosina-quinase (TKI).
O estudo MARIPOSA, base deste pleito de nova indicação terapêutica, é um estudo global, randomizado, de fase III que avaliou a eficácia e segurança da associação de amivantamabe e lazertinibe (Braço A) versus osimertinibe em monoterapia (Braço B) e lazertinibe em monoterapia (Braço C) em participantes com CPNPC EGFRm.
O estudo MARIPOSA atendeu ao seu desfecho primário, demonstrando efeito de tratamento melhorado estatisticamente significativo e clinicamente importante com a associação de amivantamabe e lazertinibe em comparação com osimertinibe, com redução de 30% no risco de progressão da doença ou morte (HR=0,70 [IC de 95%: 0,58; 0,85], p=0,0002, mediana de 23,72 meses para a associação de amivantamabe e lazertinibe vs. 16,59 meses para osimertinibe). Esse benefício foi observado em subgrupos populacionais predefinidos e foi corroborado por um grau semelhante de melhora na SLP por avaliação do pesquisador. Há forte tendência favorável na SG, melhora substancial na SLP2 mediana e duração da resposta prolongada em comparação com osimertinibe. O perfil de segurança do amivantamabe é bem definido e tolerável, consistente com sua atividade no alvo contra as vias EGFR e MET, permitindo a combinação com lazertinibe.
O perfil de segurança da associação de amivantamabe e lazertinibe é amplamente consistente com os perfis de segurança dos componentes individuais, com toxicidade manejável. Foi identificado um maior risco de eventos tromboembólicos (VTE) durante os primeiros 4 meses de tratamento como uma preocupação de segurança; essa diferença foi decorrente principalmente da maior incidência de participantes com eventos VTE de Grau 1 ou Grau 2. O tratamento com anticoagulação terapêutica pareceu ser seguro e eficaz, e incidência muito baixa de eventos VTE recorrentes ou eventos hemorrágicos clinicamente significativos foi observada entre os participantes que receberam tratamento anticoagulante. De modo geral, os eventos adversos emergentes do tratamento (TEAEs) observados com a associação de amivantamabe e lazertinibe foram considerados manejáveis com modificação de dose e cuidados de suporte apropriados, o que permite que a maioria dos participantes receba o benefício completo desses tratamentos.
Essa nova indicação foi priorizada em conformidade com o inciso I do Art. 4° da RDC nº 204/2017.
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