LEQEMBI (lecanemabe): novo registro
| Nome do produto | LEQEMBI (lecanemabe) |
| Empresa | EISAI LABORATÓRIOS LTDA |
| Categoria | PRODUTO BIOLÓGICO - Registro de Produto NOVO - ANTICORPOS MONOCLONAIS |
| Indicação | LEQEMBI é indicado para o tratamento de pacientes adultos com diagnóstico clínico de comprometimento cognitivo leve e demência leve devido à doença de Alzheimer (doença de Alzheimer em fase inicial), com patologia amiloide confirmada e que são não portadores ou são heterozigotos do alelo ε4 da apolipoproteína E (ApoE ε4). |
| Publicação no DOU | 22/12/2025 |
| Mais informações |
Lecanemabe é um anticorpo monoclonal de imunoglobulina humanizada gama 1 (IgG1) que se liga preferencialmente a grandes agregados de proteína beta-amiloide solúvel, conhecidos como protofibrilas, enquanto ainda mantém alta afinidade por beta-amiloide fibrilar, que compreende placas amiloides. O acúmulo de placas amiloides no cérebro é uma característica fisiopatológica definidora da doença de Alzheimer. O lecanemabe reduz as placas beta-amiloides. O produto é uma solução para diluição para infusão. O produto será comercializado em embalagem contendo 1 ou 2 frasco-ampola de 2mL ou 5mL na concentração de 100 mg/mL de substância ativa lecanemabe. A dose recomendada é de 10 mg/kg administrada por infusão intravenosa (IV) durante aproximadamente uma hora, uma vez a cada duas semanas. O Leqembi teve sua eficácia clínica avaliada em um estudo principal (Estudo 301). Neste estudo o Leqembi demonstrou retardar o declínio cognitivo em pacientes com doença de Alzheimer em estágio inicial (em comparação com o placebo). O estudo envolveu 1.795 pessoas com doença de Alzheimer em estágio inicial, que apresentavam placas betaamiloides no cérebro e receberam Leqembi ou placebo. A principal medida de eficácia foi a mudança nos sintomas após 18 meses, avaliada por meio da escala de avaliação de demência denominada CDR-SB. A escala CDR-SB é utilizada para avaliar a gravidade da doença de Alzheimer em pacientes. Ela inclui questões que ajudam a determinar o quanto a vida diária do paciente foi afetada pelo comprometimento cognitivo. Os benefícios do Leqembi foram considerados em um subgrupo de pacientes com apenas uma ou nenhuma cópia do gene ApoE4, que são menos propensos a apresentar um evento adverso denominado Anormalidades de Imagem Relacionadas ao Amiloide (ARIA). Neste subgrupo de 1.521 pacientes, após 18 meses de tratamento, os pacientes tratados com Leqembi apresentaram um aumento menor na pontuação CDR-SB do que aqueles que receberam placebo (1,22 versus 1,76). Os resultados de outras medidas importantes foram consistentes com os observados na escala CDR-SB. Pacientes homozigotos para ApoE4 que receberam Leqembi apresentaram maior risco de desenvolver (ARIAs), que são mais comumente observadas como inchaço temporário em uma ou mais áreas do cérebro (ARIA-E) ou pequenos pontos de sangramento dentro ou na superfície do cérebro (ARIA-H). Portanto, concluiu-se que a relação benefício/risco do Leqembi, no momento, é favorável somente em pacientes não portadores de ApoE4 ou heterozigotos, mas não no grupo homozigoto, e que o teste para o gene ApoE4 deve ser realizado antes do tratamento, conforme informações do texto de bula aprovada. LEQEMBI é contraindicado nos casos em que a ressonância magnética pré-tratamento apresente achados de hemorragia intracerebral prévia, mais de quatro micro-hemorragias, siderose superficial ou edema vasogênico, sugestivos de angiopatia amiloide cerebral (AAC). O tratamento com lecanemabe não deve ser iniciado em pacientes que estejam recebendo terapia anticoagulante contínua. As reações adversas mais comuns (que podem afetar mais de 1 em cada 10 pacientes) do medicamento são: reações relacionadas à infusão, ARIA-H (hemorragia), que envolve pequenos sangramentos no cérebro, e dor de cabeça. Até 1 em cada 10 pessoas pode apresentar ARIA-E (edema), que envolve o acúmulo de líquido no cérebro. O pedido de registro deste medicamento foi concedido com base na RDC nº 55/2010. |