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Maria Rosário Pinto é nossa homenageada no Dia do Cordelista
Poeta, iniciou-se nessa arte aqui no CNFCP, onde atuou por anos na Biblioteca Amadeu Amaral como responsável pelo importante acervo de Cordel, atualizando-o, recebendo poetas de todo o Brasil e, a partir de sua experiência, criou um sistema de catalogação de folhetos de Cordel que se tornou referência no Brasil e no exterior, gerando a publicação Manual de Catalogação de Folhetos de Cordel, disponível aqui.
Natural de Bacabal, no Maranhão, onde aprendeu com seu pai o gosto pela poesia oral, Rosário se tornou estudiosa dessa arte e com o tempo se fez uma profícua poeta, com diversos títulos publicados e o respeito de seus pares, com quem articulou e articula projetos e iniciativas, seja na Academia Brasileira de Literatura de Cordel (ABLC), da qual é membro desde 2001, passando pela atuação, junto com Dalinha Catunda, no espaço virtual criado por Dalinha para divulgar a produção de poetas mulheres, o Cordel de Saia.
Não satisfeita, Rosário nos brindou com a criação, ao lado de Fernando Assumpção, de um espaço no Centro do Rio de Janeiro dedicado à valorização e divulgação do Cordel: a Casa Amo Cordel, na Rua Buenos Aires, 27, que em setembro completou um ano de existência – vale a pena seguir o perfil no Instagram e acompanhar a programação!
Como disse o poeta popular Arievaldo Viana, ao se reportar à acadêmica Rosário Pinto em 2012, quando de seus primeiros versos: “De tanto lidar com folhetos, acabou absorvendo a técnica e a inspiração própria dos poetas populares e vem despontando também como poeta. Ela dá sequência a uma tradição iniciada por Maria das Neves Pimentel, filha do poeta e editor Chagas Batista, reconhecidamente a primeira mulher a publicar folhetos de Cordel”.
Por tudo isso, nosso orgulho e felicidade de ser a casa onde nossa Rô despontou e iniciou essa jornada; vê-la brilhar por toda parte com a bagagem que construiu tem um sabor todo especial.