Wellington Dias defende união da América Latina e Caribe para um desenvolvimento social inclusivo

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, defendeu um trabalho integrado entre os países da América Latina e Caribe para a promoção de um desenvolvimento social inclusivo e destacou os avanços na região. As afirmações foram feitas durante a abertura da VI Conferência Regional sobre Desenvolvimento Social da América Latina e do Caribe (CRDS), nesta terça-feira (2.09), em Brasília.

Durante a abertura do evento, o titular do MDS lembrou que a conferência regional ocorre às vésperas da Segunda Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social e da Primeira Reunião de Líderes da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, em Doha, no Catar. “É uma oportunidade única para alinharmos vozes e construirmos uma posição comum, não apenas entre os países da América Latina e do Caribe, mas também envolvendo representantes de outras regiões do mundo”, detalhou. “Somente unidos, articulando políticas, saberes e esforços, conseguiremos acelerar resultados concretos para quem mais precisa”, acrescentou.

Dias também enfatizou que a experiência latino-americana mostra que políticas públicas bem desenhadas, com participação social e foco nos mais vulneráveis, são capazes de virar a página da fome e da pobreza em pouco tempo. “Nossa região é, há décadas, um laboratório vivo de inovação social, de transferências de renda a sistemas de cuidados, da alimentação escolar às compras públicas da agricultura familiar, da atenção primária em saúde e em assistência social à interoperabilidade de registros sociais. Esse patrimônio comum é um farol para o mundo”, pontuou.

Já a ministra de Desenvolvimento Social e Família do Chile, Javiera Toro, lembrou que novas ferramentas precisam ser desenvolvidas urgentemente para proteger as populações em vulnerabilidade social. “Necessitamos revitalizar o multilateralismo e ter ferramentas que atuem para atender a nossa população e desenvolver nossas capacidades”, defendeu. “Sem proteção social não há soberania plena, e sem soberania plena, não há democracia que aguente”, reforçou.

Para  o secretário-executivo da Cepal, José Manuel Salazar-Xirinachs, a conferência está sendo realizada em um momento muito importante. “A combinação de novas tendências tecnológicas, demográficas e ambientais com novas condições geopolíticas e geoeconômicas mundiais, faz com que este momento seja propício para repensar paradigmas de desenvolvimento em geral e de desenvolvimento social em particular”, afirmou.

A economista chefe da Conferência Regional para América Latina e Caribe do PNUD, Almudena Fernandez, enfatizou que o Brasil se tornou referência nas políticas públicas. “É particularmente significativo que esta conferência esteja sendo realizada aqui no Brasil, um país pioneiro em inovações de políticas sociais”, comentou.

Na opinião da coordenadora das Nações Unidas no Brasil, Silvia Rucks, a ocasião marca um momento de reflexão do que foi feito em prol do desenvolvimento social e dos desafios enfrentados por países da América Latina e do Caribe. “Estamos diante de mudanças profundas, climáticas, tecnológicas e demográficas em nossas sociedades. O desenvolvimento social é, acima de tudo, um tema político e exige decisões corajosas. Essa conferência será uma oportunidade para fortalecer a relação entre os países, governos e comunidades rumo à um futuro mais justo”, disse.

CRDS

A VI Conferência Regional sobre Desenvolvimento Social da América Latina e do Caribe busca promover um espaço de diálogo e cooperação entre governos, organismos internacionais, academia e sociedade civil para avançar rumo a um desenvolvimento social mais inclusivo, justo e sustentável na região. O evento, que ocorre em Brasília até quinta-feira (4.09), é promovido pelo Governo do Brasil, Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Assessoria de Comunicação – MDS