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Brasil fora do Mapa da Fome
Wellington Dias destaca COP30 e avanços no combate à fome em encerramento de Cúpula da ONU
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, defendeu a COP30 como uma oportunidade de criar sinergias entre as agendas climática, social e alimentar. A afirmação foi feita durante a sessão de encerramento da 2ª Cúpula da ONU sobre Sistemas Alimentares, em Adis Abeba, Etiópia.
“Não há transição justa sem transformação dos sistemas alimentares. Não há soberania sem segurança alimentar e nutricional”, afirmou o titular do MDS. “Estamos certos de que o que foi apresentado aqui na Etiópia irá alimentar os debates da COP30 e inspirar não só nossos discursos, mas também nossas ações”, acrescentou.
O ministro fez um breve histórico da posição brasileira sobre o tema e lembrou da decisão de incluir na COP30 a transformação da agricultura e dos sistemas alimentares como um dos eixos prioritários da Agenda de Ação. O evento ocorre em novembro, no Brasil.
Wellington Dias reiterou ainda o trabalho realizado no âmbito da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza para apresentar na COP30 uma Declaração de Líderes que posicione igualmente a proteção social e o apoio aos agricultores familiares como componentes fundamentais de uma transição climática justa.
Combate à Fome
[Sair do Mapa da Fome] Foi uma promessa do presidente Lula ao iniciar o seu mandato em janeiro de 2023. A meta era fazer isso até o fim de 2026. Mas, cumprimos o objetivo em tempo recorde: apenas dois anos”
Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome
Em seu discurso, o ministro também salientou o "dia histórico" do lançamento do relatório: “O Estado da Segurança Alimentar e Nutricional no Mundo 2025 (SOFI 2025)", que mostrou que o Brasil está fora do Mapa da Fome. “Essa foi uma promessa do presidente Lula ao iniciar o seu mandato em janeiro de 2023. A meta era fazer isso até o fim de 2026. Mas, cumprimos o objetivo em tempo recorde: apenas dois anos”, celebrou.
Para Wellington Dias, o feito mostra que, com participação social, políticas públicas robustas voltadas aos mais vulneráveis, apoio e cooperação internacional, mas sobretudo, com vontade política, é possível dar às populações uma vida digna e a esperança de um futuro melhor. “Nos últimos três dias, ouvimos como a luta contra a fome e a pobreza deve ser, acima de tudo, uma decisão política”, prosseguiu.
Por fim, o representante brasileiro defendeu o papel crucial do Comitê de Segurança Alimentar Mundial na governança global do tema. “É o único que promove um casamento entre inclusão, ciência e diálogo político, sendo capaz de dar legitimidade às políticas que precisamos, tanto em escala global quanto nacional”, disse.
Aliança Global e alimentação escolar
Mais cedo, em outro painel da 2ª Cúpula da ONU sobre Sistemas Alimentares, a vice-secretária-geral das Nações Unidas, Amina Mohammed, enfatizou a importância da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza para ampliar iniciativas relacionadas à alimentação escolar no mundo.
Em seu discurso, Amina abordou a trajetória e avanços conquistados pela Coalização de Alimentação Escolar (School Meals Coalition), lançada em 2021. O objetivo da iniciativa é impulsionar ações para melhorar e ampliar os programas de alimentação escolar.
“Vemos progressos impulsionados por governos que não estão caminhando sozinhos, mas de mãos dadas com parceiros dessa coalizão”, explicou. “É uma das mais bem-sucedidas coalizões dos últimos anos”, acrescentou a representante da ONU.
Ao falar sobre prioridades para destravar o potencial dessa iniciativa, ela elencou a necessidade de ampliar a cobertura de programas e elevar as ambições coletivas.
"A Aliança Global uniu forças com a Coalizão para mobilizar governos e desenvolver parcerias em torno de uma meta ousada: alcançar 150 milhões de crianças em países de baixa e média-baixa renda até 2030, conforme acordado no G20, no Brasil”, lembrou. “Isso significa passar do compromisso à ação, com a Aliança Global e a Coalizão trabalhando com países dispostos a liderar e enfrentar as metas de erradicação da fome e da pobreza", finalizou.
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Assessoria de Comunicação - MDS