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Cúpula da ONU
Wellington Dias debate o papel da Aliança Global no contexto dos financiamentos climáticos
O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e copresidente da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, Wellington Dias, participou de um painel para debater os financiamentos climáticos de alto impacto. O encontro ocorreu no âmbito da 2ª Cúpula da ONU sobre Sistemas Alimentares (UNFSS+4), em Adis Abeba, capital da Etiópia, nesta terça-feira (29.07).
Durante a apresentação, o titular do MDS falou sobre a importância da Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza nesse contexto. “Ela foi criada justamente para apoiar os países a mobilizar e alinhar recursos em torno de políticas que funcionam, lideradas pelos próprios governos nacionais”, afirmou. A iniciativa reúne atualmente 193 membros, incluindo 101 países e 92 organismos internacionais, bancos de desenvolvimento, instituições financeiras e organizações da sociedade civil.
Wellington Dias explicou que a Aliança atua para destravar o potencial de estratégias, planos, metas e políticas já existentes, que são eficazes, escaláveis e alinhadas às prioridades locais. Elas, no entanto, esbarram muitas vezes na fragmentação ou insuficiência dos recursos disponíveis.
“O relatório da Aliança Global para o Futuro da Alimentação mostra a lacuna no financiamento climático para sistemas alimentares. Menos de 3% do financiamento climático está atribuído aos sistemas alimentares. Ao mesmo tempo, segurança alimentar e sistemas agroalimentares foram as áreas mais afetadas por riscos climáticos”, alertou.
COP30
O ministro também destacou as ações que estarão em debate na COP30, que será realizada em Belém, em novembro deste ano. “Faço um convite a vocês para a COP30, onde iremos tratar, por uma Declaração de Líderes, de como a luta contra a mudança do clima também é a luta contra a fome e a pobreza, pois quem mais sente o impacto do clima são os mais vulneráveis”, disse.
Para ele, é essencial assegurar recursos para programas que contribuam para a adaptação climática e, ao mesmo tempo, para a redução da fome e da pobreza nos países. “Não é mais possível buscar soluções sustentáveis que negligenciem as pessoas. Combinar as habilidades de famílias já integradas ao meio ambiente com as necessidades econômicas de manejo sustentável da natureza é uma forma promissora de inclusão socioeconômica”, detalhou.
Por fim, o titular do MDS enfatizou que, diante de um cenário de cortes e desafios, é preciso unir esforços. “O financiamento climático não é apenas uma necessidade técnica. É uma escolha política. É a decisão de investir em um futuro em que ninguém passe fome, pobreza e desigualdade”, prosseguiu
Financiamento
A Aliança está apoiando países na elaboração de planos de implementação de programas contra a fome e a pobreza no âmbito de um processo chamado: Iniciativa de Aceleração (Fast Track).
Ao todo, 13 países participam da iniciativa, promovendo a inclusão produtiva rural na Etiópia, Ruanda e República Dominicana, proteção social à primeira infância na Palestina e Tanzânia e transferência de renda na Zâmbia e Haiti, por exemplo.
Assessoria de Comunicação - MDS