Wellington Dias debate clima, produção de alimentos e visita povos indígenas e juventude na COP30

“Este é o momento de fechar as negociações entre os povos e suas lideranças na COP da Verdade”. Com essa declaração, o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, retornou à COP30, nesta terça-feira (18.11). A agenda do titular do MDS incluiu participação em painéis sobre a produção sustentável de alimentos, visita à Aldeia COP, que reúne povos indígenas de várias regiões do Brasil e do mundo, entre outros compromissos ligados à Conferência.

A semana é decisiva. Precisamos fechar as negociações, as rodadas e pactuações. Não basta vir, falar e fazer anúncios. É necessário mais do que o compromisso verbal: é preciso fazer acontecer”

Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

“A semana é decisiva. Precisamos fechar as negociações, as rodadas e pactuações. Não basta vir, falar e fazer anúncios. É necessário mais do que o compromisso verbal: é preciso fazer acontecer”, afirmou.

No painel Alianças Estratégicas para o Clima e a Fome, que tratou de financiamento, conhecimento e inovação para Sistemas Alimentares do Sul Global, o ministro apresentou ações do MDS que articulam dimensões sociais, econômicas e ambientais.

“Uma grande entrega que estamos trazendo para esta COP é o Marco de Referência de Sistemas Alimentares e Clima para as Políticas Públicas. O documento reconhece que os sistemas alimentares são, simultaneamente, causa e consequência das mudanças climáticas. Uma das recomendações é reorientar o financiamento público e privado para sistemas alimentares, privilegiando práticas de precaução em relação ao clima e assegurando recursos para fomentar sistemas sustentáveis.” destacou.

Em 2025, o MDS já destinou R$ 850 milhões ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), defendido pelo titular do MDS como um exemplo de desenvolvimento sustentável. “O PAA é inovador e eficiente no combate à fome e à pobreza, pois adquire alimentos de agricultores e agricultoras familiares para atender à demanda de programas como o Cozinha Solidária e o Programa Nacional de Alimentação Escolar”, pontuou Wellington Dias, no debate promovido pela Ação da Cidadania.

Logo após o painel, o ministro visitou a Aldeia COP, local de hospedagem de mais de três mil indígenas do Brasil e de outras partes do mundo, especialmente da Região Amazônica, que participam da Conferência do Clima. O ministro foi convidado para um ritual conduzido pelas majés, mulheres indígenas da Amazônia conhecidas por seus dons de cura e sabedoria ancestral.

AgriZone e Juventude

Ainda em atividades relacionadas à COP30, o ministro visitou a AgriZone, espaço da Conferência dedicado à agroecologia. A agenda contou com a presença do ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula, e da presidente da Embrapa, Silvia Massruhá.

A comitiva foi apresentada às tecnologias de plantio desenvolvidas pela Embrapa para otimizar o cultivo de frutas, hortaliças e outros alimentos sem degradar o solo ou o meio ambiente.

No local, também está exposto um exemplo de estrutura do Programa Cisternas, coordenado pelo MDS. “O Cisternas na Amazônia é uma ideia que nasceu no Nordeste e aqui é adaptada às realidades amazônicas, com energia solar e garantindo água potável, uma pia, um banheiro e qualidade de vida”, explicou o ministro.

O Programa Cisternas soma R$ 330 milhões de investimento do MDS, apenas na Região Amazônica, beneficiando 50 mil pessoas. Até 2026, o Cisternas na Amazônia deve alcançar 10 mil famílias que vivem em comunidades de conservação, ribeirinhas, indígenas e quilombolas.

Além da AgriZone, Wellington Dias visitou a Cidade das Juventudes, que reúne jovens de mais de 80 países para discutir e mobilizar ações sobre as mudanças climáticas. O ministro defendeu a ampliação da participação popular na Conferência.

“É uma novidade. Acompanhei várias COPs e sempre tinha um grupo da juventude, mas nunca uma cidade dedicada a dar voz e espaço a este público. Queremos sair daqui com uma Declaração de Belém potente, especialmente com o fundo que assegura o pagamento da floresta em pé e fortalece as prioridades dos povos originários. Vocês fazem parte disso”, ressaltou.

Nesta quarta-feira (19.11), o ministro dará continuidade à agenda na COP30 com visita ao Projeto Agro Agrícola, no Assentamento Abril Vermelho, em Mosqueiro, município próximo a Belém.

Assessoria de Comunicação - MDS