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Acolhimento
Posto do Cadastro Único para migrantes e refugiados venezuelanos melhora atendimento em toda rede socioassistencial de Pacaraima (RR)
Duas famílias que vivem em Pacaraima (RR), assistidas pelas políticas do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), são o retrato do que representa o compromisso do Governo Federal na área social. O município recebeu no fim de julho uma sala do Cadastro Único no Posto de Triagem da Operação Acolhida (PTRIG), para atender os migrantes e refugiados da Venezuela.
“As pessoas estão chegando e precisam de acolhimento, porque muitas vezes estão em situação de extrema vulnerabilidade. Desde quando a sala foi montada, já foram atendidas mais de 1,4 mil pessoas em situação de vulnerabilidade, metade delas crianças ou adolescentes”, revelou Letícia Bartholo, secretária de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único do MDS.
- A brasileira Eliane Oliveira comemora melhoria no atendimento no CRAS. Foto: André Oliveira
“Eu matriculei minha filha na escola e deu tudo certo. Meu marido arrumou trabalho e assim tudo foi melhorando. Eu sou muito agradecida ao Brasil, ao CRAS, por todo acompanhamento à minha família e com a gente como imigrante”, prosseguiu Leidys Marino.
“O Bolsa Família tem sido muito bom para minha família, para minhas filhas, porque a gente pode ter comida em casa, na mesa, e ajuda muito nos gastos, paga um talão de luz ou água. É um dinheiro que a gente sabe que vem todo mês”, afirmou a venezuelana.
Antônia Ferreira, secretária municipal de Assistência Social de Pacaraima, município que possui um CRAS que atende ainda 74 comunidades indígenas, relata que o atendimento melhorou na unidade. “Quando o MDS me propôs abrir uma sala do Cadastro Único no PTRIG, eu fiquei muito feliz de imaginar que as filas do CRAS iriam diminuir e assim, eu poderia atender melhor a população de todo o município”.
Eliana Oliveira também é moradora de Pacaraima e beneficiária do Bolsa Família. Aos, 43 anos ela é mãe de três filhos. “Sob a minha responsabilidade são dois filhos, um deles é especial e outro estuda no colégio público. Quando a sala do Cadastro Único foi aberta, ficou muito mais fácil para as pessoas que moram aqui, os brasileiros, porque o CRAS ficou com menos fila”.
- Venezuelana e beneficiária do Bolsa Família, Leidys Marino chegou ao Brasil em 2017. Foto: André Oliveira
Ela passou a receber o Bolsa Família no início deste ano. “Como uma mãe solo, ajudou muito porque consigo pagar minhas contas e muitas outras coisas. Eu quero para os meus filhos o que toda mãe quer, que eles se formem, que sejam pessoas de bem. Assim como estou sendo ajudada, que eles possam ajudar pessoas no dia de amanhã, porque eu acredito que no mundo de hoje tem que ter muita empatia, se colocar no lugar das outras pessoas”, projetou Eliana.
A secretária Letícia Bartholo avaliou as atividades realizadas pela equipe do MDS na visita desta quinta-feira (19.10). “Nós viemos também entender toda a diversidade, toda a complexidade e as demandas do município de Pacaraima para reforçar o apoio do Governo Federal na melhoria das condições de vida de toda a população do município”.
Orlando González, funcionário do Unicef, atua como cadastrador na sala montada no município do interior de Roraima que faz divisa com a Venezuela. Ele conta que o posto atende, em média, dez famílias por dia. “Fazemos o cadastro e explicamos para todas as famílias, dependendo do caso, os benefícios como o BPC, como fazer a atualização do cadastro e em quanto tempo”.
A orientação para as famílias, muitas delas serão interiorizadas pelo Brasil, envolve principalmente as crianças. “Quando chegam ao seu destino, têm que matricular na escola, procurar comprovante de escolaridade e de domicílio para atualizar o sistema e ter uma melhor informação no cadastro”, prosseguiu Orlando González.
Assessoria de Comunicação - MDS