Organizações discutem sobre alimentação e nutrição no Sistema Único de Assistência Social

Realizada durante a 13ª Conferência Nacional de Assistência Social, na tarde desta terça-feira (05.12), em Brasília, uma mesa redonda reuniu diversas organizações em torno do tema “Contribuições da agenda de Alimentação e Nutrição no Sistema Único de Assistência Social para superação da fome e da insegurança alimentar e nutricional”.

A secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome, Valéria Burity, participou do debate para explicar como se dá a interação entre o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan). Além de falar de ações que já existem, a representante do MDS apresentou também inovações do Plano Brasil Sem Fome, em que já há uma integração maior entre os dois sistemas para o combate à fome.  

As últimas pesquisas indicam que cerca de 33 milhões de pessoas passam fome. Estamos aqui para discutir como podemos somar forças, como nos articularmos para termos o SUAS e o Sisan que queremos, fortes e ativos nos territórios, para garantir o direito à alimentação”

Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome

A secretária destacou ainda que a participação no debate teve o objetivo de apresentar potencialidades, desafios, as interações que já ocorrem e como elas podem ser fortalecidas. “As últimas pesquisas indicam que cerca de 33 milhões de pessoas passam fome. Estamos aqui para discutir como podemos somar forças, como nos articularmos para termos o SUAS e o Sisan que queremos, fortes e ativos nos territórios, para garantir o direito à alimentação”, afirmou.

O diretor do Conselho Federal de Nutricionistas, Alexsandro Wosniaki, ressaltou que o objetivo do encontro foi trazer para o debate quais contribuições,  avanços e retrocessos ocorreram nos últimos tempos. Abordou ainda como poderão trabalhar nos municípios a integração entre SUAS e Sisan em torno da garantia do acesso das famílias a uma alimentação saudável, para acabar com a fome e diminuir os índices de insegurança alimentar e nutricional.

“Cada vez mais, precisamos trabalhar a intersetorialidade. A intenção é que, quando for detectado que uma pessoa está em insegurança alimentar, que não seja encaminhada para um outro atendimento e sim que já haja um encaminhamento para que ela tenha acesso aos serviços de segurança alimentar e nutricional”, explicou.

O debate contou ainda com as presenças da diretora de Promoção da Alimentação Saudável da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, Patrícia Gentil, da coordenadora da Frente Nacional em Defesa do SUAS e da Seguridade Social, Márcia Lopes, e  da representante do Coletivo de Nutricionistas no SUAS, Elinia Mateus. A moderação ficou por conta da representante do Instituto Fome Zero, Adriana Aranha.

A conferência

Entre os dias 5 e 8 de dezembro, é realizada em Brasília a 13ª Conferência Nacional de Assistência Social, o maior evento de participação e controle social do país.  Com o tema central “Reconstrução do SUAS: O SUAS que temos e o SUAS que queremos”, o evento tem como objetivo avaliar a situação do setor e propor diretrizes para o aperfeiçoamento e fortalecimento do SUAS.

A conferência ocorre no Centro Internacional de Convenções de Brasília e reúne cerca de 2,5 mil pessoas, entre delegados governamentais e da sociedade civil (usuários, trabalhadores e organizações sociais), democraticamente eleitos nas 27 conferências estaduais e do Distrito Federal, vindos das 5.370 conferências municipais. 

Promovida pelo Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) e pelo MDS, a Conferência Nacional é a maior instância participativa de avaliação e proposição sobre os rumos do SUAS.

Assessoria de Comunicação - MDS