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MDS encerra COP30 com participação em mais de 100 eventos
Cerca de 105 eventos realizados na COP30 foram promovidos ou tiveram a participação do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS). Na avaliação do ministro Wellington Dias, esta foi a “COP popular”, com a sociedade protagonizando os debates. A produção sustentável de alimentos, os sistemas alimentares, a responsabilidade com as populações mais vulneráveis que sofrem com os efeitos climáticos e o desenvolvimento econômico de comunidades que protegem os biomas foram alguns dos temas abordados na agenda do MDS.
O social sai mais fortalecido da COP30 em Belém"
Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento e e Assistência Social, Família e Combate à Fome
“O social sai mais fortalecido da COP30. Cada vez mais países aderindo à Declaração de Belém. Isso significa que, daqui para frente, todos os países, todo o trabalho global vai levar em conta, nos programas, nos fundos, a área social, econômica e também ambiental, trabalhando juntos modelos como floresta produtiva, integração da rede de proteção social com a segurança alimentar”, resumiu o ministro Wellington Dias.
A Declaração de Belém sobre Fome, Pobreza e Ação Climática Centrada nas Pessoas foi adotada em 7 de novembro com o endosso de 43 países e da União Europeia. Aprovada na Cúpula de Líderes da COP30, o documento coloca a agenda do combate à fome e à pobreza no centro das discussões climáticas globais.
O texto traz elementos inovadores, que refletem a visão brasileira sobre o enfrentamento simultâneo da pobreza, da fome e da emergência climática. A Declaração chama a atenção para o fato de que o impacto adverso das mudanças climáticas, embora afete a todos, é desigual e atinge mais fortemente os países, populações e comunidades mais pobres e em situação de vulnerabilidade.
Agenda ministerial
O titular do MDS cumpriu agenda em 24 eventos da COP30. Entre eles, acompanhou o presidente Lula na Cúpula de Líderes, divulgou, em parceria com outros ministérios, o Módulo de Alimentos Contrata+Brasil, somou-se à parceiros no anúncio do programa Fome Não Tira Férias, e lançou o Livro “O Futuro na Mesa: A política de segurança alimentar e nutricional frente à emergência climática”.Wellington Dias participou de painéis, reuniões bilaterais, workshops e concedeu entrevistas a veículos de imprensa. O ministro, por vezes, saiu do local que abriga a COP30, como na inauguração da Cozinha Solidária Mãos de Mulheres, em Ananindeua (PA), em agenda conjunta com a primeira-dama Janja da Silva.
Dias também esteve na Cidade das Juventudes, que abriga jovens de 80 países para colaborar com a COP; na Aldeia COP, que hospeda mais de 3 mil indígenas do Brasil e do mundo e em assentamento de agricultores familiares, que regeneram a floresta e cultivam a diversidade de alimentos regionais.
Na AgriZone, espaço da Embrapa dedicado à agroecologia, o ministro conheceu a exposição do Programa Cisternas e do Sisteminha Embrapa, ambos apoiados com recursos do MDS.
Segurança Alimentar e Nutricional
A Secretaria de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan) do MDS participou de 71 eventos relacionados à COP, dentro e fora das dependências da Conferência. Cerca de 15 foram organizados pela pasta e os demais ocorreram a partir de convites ao ministro Wellington Dias ou à secretária da Sesan, Lilian Rahal.
Para a secretária, o ápice foi o lançamento do Marco Brasileiro para a convergência entre clima e sistemas alimentares. “Foi bastante estratégico, porque marca o caminho que a gente vai seguir daqui para frente, nessa confluência das agendas, dos sistemas alimentares e do clima, para que nós possamos caminhar rumo a sistemas alimentares mais saudáveis, mais sustentáveis, mais resilientes", disse.
A Sesan também apoiou a Cozinha Solidária da COP30, que funcionou entre os dias 12 e 16 de novembro na Cúpula dos Povos. O espaço serviu 21 mil refeições por dia – café da manhã, almoço e jantar - aos participantes, a exemplo de povos tradicionais, indígenas, ribeirinhos e quilombolas.
O Programa Cozinha Solidária ganhou destaque na COP30 com o anúncio de um novo edital que será publicado ainda este ano, para fortalecer a atuação das unidades em todo o país.
Assistência Social
A Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS) do MDS começou a trabalhar na COP antes mesmo do início oficial da Conferência. A Força de Proteção do Sistema Único de Assistência Social (ForSUAS), com equipes de outras partes do país, estão em Belém reforçando o trabalho do SUAS local.
Um dos trabalhos de destaque é o acolhimento às pessoas em situação de rua ou que estão em trânsito na cidade, em busca de oportunidades trazidas pela COP30. A equipe da ForSUAS atua até 30 de novembro em Belém. A média é de 180 pessoas acolhidas todos os dias.
Para além da ForSUAS, a SNAS debateu o social e as mudanças climáticas em 12 painéis e seminários. Alguns deles foram: o Encontro Nacional do MAB – “Água e energia com soberania, distribuição da riqueza e justiça social”; o Seminário Internacional Realidades das Populações Atendidas; e os painéis Mudanças Climáticas, Desigualdades e Direitos: Proteção Social como Pilar da Justiça Climática e Cuidando da Amazônia e Protegendo seu Povo: a evolução do papel da proteção social diante dos riscos climáticos e ambientais.
O MDS também marcou presença no Seminário Internacional sobre Povos Atingidos por Barragens e pela Crise Climática, que reuniu autoridades, lideranças e representantes de movimentos sociais no auditório da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Com a presença do ministro Wellington Dias, o evento simbolizou a abertura da Cúpula dos Povos da COP30 e discutiu estratégias de reparação, justiça climática e transição energética justa para comunidades afetadas em diferentes países.
Na ocasião, Letícia Oliveira, representante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e moradora de Mariana (MG), relembrou os impactos da tragédia que atingiu a cidade há dez anos, com o rompimento da barragem da Vale.
Bárbara Cravos, do Departamento de Proteção Social Especial do MDS, participou de um dos painéis e reforçou a aliança entre a COP e a assistência social. “Não dá para falar em proteção social que não abarque os conhecimentos e saberes tradicionais. Nesse sentido, o papel do Sistema Único de Assistência Social é ouvir esse público, compreender suas dinâmicas, sua organização e seus modos de vida. Uma política pública que não ouve quem atende é uma política pública fadada ao fracasso”.
Estande e voluntários
O MDS teve espaço próprio na AgriZone. O estande do ministério funcionou todos os dias da Conferência, das 10h às 18h, com demonstrações do Programa Cisternas e distribuição de materiais educativos ao público.
O estande recebeu cerca de 200 pessoas por dia, e foi um espaço de fortalecimento do diálogo com a sociedade sobre políticas de segurança alimentar, tecnologias sociais e estratégias de convivência com diferentes condições climáticas.
Para reconhecer o trabalho dos voluntários e promover a agricultura familiar como solução climática, o MDS entregou dois mil kits aos voluntários que atuam na COP30 e outras forças de trabalho da Conferência do Clima.
Os kits especiais continham alimentos produzidos por agricultores familiares de diversas regiões do Brasil. A iniciativa contou com a parceria da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e da Secretaria Extraordinária da COP30.
“Encerramos a 'COP da Verdade", um evento com participação popular, que reuniu gente de todo o mundo, que firmaram compromisso com a área ambiental. Isso é responsabilidade de todas e todos”, concluiu o ministro do MDS.
Assessoria de Comunicação - MDS



