Auxílio Emergencial é destaque do Brasil em conferência global sobre ações de proteção social durante a pandemia

O Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC), em parceria com a plataforma socialprotection.org, realiza nos dias 5, 6 e 8 de outubro a conferência global online “Transformando a crise do Covid-19 em oportunidade: o que vem por aí para a proteção social?”. A proposta é discutir ações governamentais da América Latina e do Caribe que estão sendo realizadas para ajudar a população em situação de vulnerabilidade social e financeira durante o período da pandemia do novo coronavírus, além de projetar como será o mundo pós Covid-19.

O Brasil foi um dos convidados a paticipar do painel “Respostas da proteção social ao Covid-19 – percepções da América Latina e do Caribe”, ocorrido nesta segunda-feira (5.10), para compartilhar a experiência do país com a ampliação do Bolsa Família e a implantação do Auxílio Emergencial. O painel contou também com representantes de Chile, Colômbia e Guatemala. A secretária nacional de Renda de Cidadania (SENARC), Fabiana Rodopoulos, apresentou números do Auxílio Emergencial, o maior programa de transferência de renda da história do Brasil: “Apenas seis dias após a aprovação da Lei do Auxílio Emergencial (Lei n° 13.982, de 2 de abril de 2020), nós conseguimos colocá-lo em prática, realizando os primeiros pagamentos e chegando a quase 56% da população brasileira”.

Apenas seis dias após a aprovação da Lei do Auxílio Emergencial (Lei n° 13.982, de 2 de abril de 2020), nós conseguimos colocá-lo em prática, realizando os primeiros pagamentos e chegando a quase 56% da população brasileira”

Fabiana Rodopoulos, secretária nacional de Renda de Cidadania

O Auxílio Emergencial foi a principal iniciativa socioeconômica para enfrentar a crise do coronavírus no Brasil, com um público elegível de 67,7 milhões de pessoas, orçamento para cinco meses de R$ 233 bilhões e 125 milhões de pedidos analisados. A expansão do Bolsa Família também foi abordada na apresentação brasileira. Mais de 1,2 milhão de pessoas entraram no programa somente em abril. “É importante ressaltar que milhões de pessoas que estavam invisíveis continuarão a ter suporte. O Governo Federal vai continuar com a cobertura a essas pessoas”, afirmou a secretária.

O Brasil se destaca como um dos países que implantou medidas de apoio a trabalhadores informais, de crescimento horizontal (mais beneficiários) e vertical (aumentando o valor do benefício) de programas sociais de transferência de renda.

Os pesquisadores da equipe do IPC elaboraram pesquisa com uma visão geral e regional de como os mecanismos de proteção social foram usados ​​pelos países da América Latina e do Caribe desde o início da pandemia. Para Simone Checchini, oficial sênior de Assuntos Sociais e oficial responsável pela Divisão de Desenvolvimento Social da Comissão Econômica das Nações Unidas para a América Latina e o Caribe (CEPAL), o momento de pandemia levou à ampliação da cobertura de programas sociais.

“Vale destacar que percebemos aumento da população atendida, na América e no Caribe, daqueles que não estavam em programas e grupos de assistência social, e agora estão. Destacamos também pacotes desenvolvidos por governos para micro e pequenas empresas. É importante adotar medidas diferentes para populações heterogêneas”, avaliou Simone Checchini.

Você pode acompanhar a conferência e participar do evento por este link. 

FMI: resposta à crise amorteceu efeitos sobre mais pobres

Também ontem, uma declaração do corpo técnico da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI) que faz o raio-x anual da situação da economia do país deu suporte adicional à eficiência das políticas públicas brasileiras no combate aos efeitos econômicos e sociais da pandemia do novo coronavírus.

O documento indica que a "sólida resposta de políticas" do Brasil evitou uma recessão econômica mais profunda, estabilizou os mercados financeiros e amorteceu os efeitos da pandemia sobre o pobres e vulneráveis. Segundo o FMI, a "reação do governo foi rápida e substancial".

Diretoria de Comunicação – Ministério da Cidadania