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ALIANÇA GLOBAL
Wellington Dias destaca o papel da proteção social para a superação dos desafios ambientais
Representantes de países da América Latina e do Caribe debateram sobre os esforços para conectar os avanços da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza aos objetivos da 30ª Conferência das Partes (COP30) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (CMNUCC). Realizado em Brasília, o encontro teve participação do ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, que palestrou nesta terça-feira (18.03).
Durante a tarde, autoridades do Brasil, do Paraguai e de Honduras abordaram experiências no campo da integração entre políticas sociais, econômicas e ambientais. O evento foi realizado em parceria entre a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (ONU/FAO) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Apoiar e acelerar políticas de erradicação da fome e da pobreza no mundo são objetivos centrais da Aliança Global. A iniciativa é uma das principais contribuições do Brasil à frente do G20 e indica a promoção do desenvolvimento sustentável na superação desses desafios, conforme reforçou o titular do MDS.
“Nossa meta, como a de todos os países da América Latina e do Caribe, é desenvolvimento. E não há desenvolvimento se a gente não olhar para o problema da fome e para o problema da pobreza. É possível olhar para esses problemas e fazer com que suas soluções sejam integradas às soluções para o meio ambiente. É isso que tem sustentabilidade”, declarou Wellington Dias.
A relação entre a vulnerabilidade socioeconômica das famílias e comunidades e a vulnerabilidade climática foi um dos pontos de destaque na palestra. O ministro utilizou como exemplos dois cenários ambientais contrastantes e igualmente graves para o desenvolvimento sustentável e para a qualidade de vida das pessoas: a estiagem vivida na região da Amazônia e as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul.
“Nós passamos a trabalhar na Amazônia com o Programa Cisternas. Quando os rios baixaram, a água ficou inadequada, não só para o consumo humano, mas também para os outros usos. Então, captamos água da chuva, durante o período em que chove muito na região, para armazenar e usar em situações emergenciais, como para consumo humano ou para alimentar os animais”, explicou.
Para amenizar as consequências no estado gaúcho, o MDS garantiu assistência social às vítimas, com a entrega de alimentos, kits de higiene, colchões, cobertores e outros itens básicos, além de aporte financeiro e desburocratização de acesso aos recursos. Neste caso, também houve mobilização para atendimento especial das políticas sociais, como Bolsa Família e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), entre diversos outros.
Evento
Intitulado “Fortalecimento dos Meios de Subsistência Rurais e a Conservação Ambiental a partir da Proteção Social”, o evento realizado desde a segunda-feira (17.03) foi uma oportunidade para discutir o triplo desafio enfrentado pelos países da América Latina e do Caribe.
São eles: continuar impulsionando a erradicação da fome, da pobreza e das desigualdades; fortalecer os meios de vida para contribuir com a mitigação e adaptação às mudanças climáticas; e, ao mesmo tempo, preservar os ecossistemas e a biodiversidade.
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e o ministro do Desenvolvimento Social de Honduras, José Cardona, também participaram dos debates durante o encontro.
Assessoria de Comunicação - MDS