Notícias
Balanço
O ano que o Brasil novamente saiu do Mapa da Fome
Foto: Lyon Santos/ MDS
Quando assumiu pela terceira vez a presidência, Luiz Inácio Lula da Silva prometeu acabar com a "fila do osso", imagem que simbolizou o aumento da fome no país em 2022. Sua obsessão era a de que ao final de 2026, todo cidadão tivesse condições de tomar café da manhã, almoçar e jantar diariamente. Mas, dois anos antes do previsto, o Governo Federal tirou o Brasil do Mapa da Fome novamente, como havia feito em 2014.
O anúncio foi feito pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO/ONU) em julho de 2025. O resultado reflete a média trienal 2022/2023/2024, que colocou o país abaixo do patamar de 2,5% da população em risco de subnutrição ou de falta de acesso à alimentação suficiente. A conquista foi alcançada em apenas dois anos, tendo em vista que 2022 foi um período considerado crítico para a fome no Brasil.
Quando você dá a centralidade para o tema do combate à fome, você coloca ele na sua agenda política, isso vai se convertendo em políticas públicas”
Valéria Burity, secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome
Outros indicadores confirmaram os avanços. Segundo a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia), o Brasil registrou em 2024 a menor taxa de fome da série histórica. Em 2023 e no ano passado, o Governo do Brasil retirou 26,5 milhões de pessoas da situação de fome. Os domicílios em situação de insegurança alimentar grave ficaram em 3,2%.
“Quando você dá a centralidade para o tema do combate à fome, você coloca ele na sua agenda política, isso vai se convertendo em políticas públicas”, enfatizou a secretária extraordinária de Combate à Pobreza e à Fome, Valéria Burity.
A saída do Brasil do Mapa da Fome é resultado de decisões políticas do governo brasileiro que priorizaram a redução da pobreza, o estímulo à geração de emprego e renda, o apoio à agricultura familiar, o fortalecimento da alimentação escolar e o acesso à alimentação saudável.
"Isso se deve a um conjunto de políticas públicas, uma política econômica que gera crescimento, gera inclusão e políticas sociais, que estão consolidadas no Plano Brasil Sem Fome, que se mostram muito efetivas para a gente avançar na erradicação da fome no país", prosseguiu a secretária.
Entre os fatores que ajudam no combate à fome está a ampliação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan). No início de 2023, com apenas 536 municípios aderidos, o Sisan se encontrava desarticulado. Atualmente, são mais de 2 mil municípios aderidos ao sistema. Além disso, o país chegou em 2024 a 91,7% das cidades com mais de 500 mil habitantes com presença de estruturas de segurança alimentar e nutricional.
Outro ponto de destaque foi a aprovação do III Plano Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, que articula diferentes setores com o objetivo de garantir o direito humano à alimentação adequada no país.
O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) coordenou a construção do documento em conjunto com 24 ministérios. O plano estabelece 18 estratégias intersetoriais, 8 eixos estratégicos e 219 iniciativas que orientam as políticas públicas do país até 2027.
Leia também: Governo do Brasil premia 40 experiências de combate à fome que transformaram vidas
2ª Fase do Plano Brasil Sem Fome
O Plano Brasil Sem Fome, estratégia que reúne as políticas públicas e articula os diferentes níveis de governo e sociedade civil, entra em sua segunda etapa. O objetivo é aprofundar as ações de enfrentamento à pobreza e à insegurança alimentar que já veem dando resultados.
Em 2024, o Brasil registrou os melhores níveis de renda e maiores reduções da desigualdade e da pobreza em 30 anos. As informações foram publicadas em 2025 pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
A renda domiciliar per capita cresceu cerca de 70%, a desigualdade (medida pelo índice de Gini) caiu quase 18% e a extrema pobreza despencou de 25% para menos de 5% da população. Os resultados se referem à série histórica de pesquisas domiciliares, iniciada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1995.

- .
Assessoria de Comunicação - MDS