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Fomento Rural
Fomento Rural impulsiona sonhos e ajuda a superar a pobreza no interior de Goiás
A vida de Larissa Fernanda Pereira, 36 anos, era uma batalha diária. Mãe solteira de três filhos, acordava cedo, trabalhava até tarde e, ainda assim, mal conseguia colocar comida na mesa. Com duas máquinas de costura antigas e defasadas, ela produzia roupas infantis, o que garantia R$ 600 de renda por mês.
Moradora da Fazenda de São Jerônimo, em Abadiânia, Larissa teve uma mudança de vida ao procurar o CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) e ao conhecer a Emater. Indicada ao Programa Fomento Rural, desenvolvido pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), se inscreveu e recebeu a notícia: havia sido selecionada para um projeto de avicultura.
O Fomento Rural promove apoio técnico e financeiro para que as famílias rurais mais pobres possam desenvolver projetos produtivos. A iniciativa tem se destacado como um instrumento para a transformação da vida de mulheres em áreas rurais, como Larissa, promovendo autonomia econômica e desenvolvimento social. Das 340 mil famílias atendidas pelo programa, 77% têm mulheres como beneficiárias diretas.
O Fomento e a Emater mudaram a visão da minha família. Só temos alegrias para contar”
Larissa Pereira, produtora rural
Ao conversar com os técnicos da instituição, Larissa descobriu que poderia ir além da criação de galinhas. Eles apresentaram a ela a possibilidade de um projeto focado em máquinas de costura – algo inédito na região. Larissa sentiu um frio na barriga, uma mistura de medo e euforia, como se um sonho há muito adormecido começasse a ganhar vida. Era a chance que ela tanto esperava.
Larissa não pensou duas vezes. Com a ajuda do técnico da Emater, que buscou referências em outros projetos semelhantes, elaborou uma lista do que precisava: uma máquina galoneira industrial e uma reta industrial. O Fomento Rural deu a Larissa o impulso que faltava.
Com o recurso do Governo Federal, ela comprou as máquinas e, com suas economias, adquiriu também uma overlock industrial. Com novas possibilidades, deixou de lado a produção de roupas infantis, que rendia pouco, e retomou um sonho antigo: confeccionar vestidos de noiva.
“Antes, eu perdia trabalhos porque não tinha o maquinário adequado. Hoje, faço vestidos de noiva e também trabalho para uma loja em Anápolis (GO), fazendo alfaiataria”, conta Larissa, com um brilho nos olhos. O salário, que antes mal dava para o básico, começou a aumentar, o suficiente para um alívio e sorrisos nos rostos de seus filhos.
A coordenadora estadual do Programa Fomento Rural na Emater de Goiás, Denise Borges de Azevedo, destaca a importância da escuta qualificada para o sucesso do programa. Segundo ela, entender a realidade, as habilidades, os sonhos e os desejos de cada família é essencial para elaborar projetos produtivos que realmente funcionem.
“Toda essa conversa exige tempo. Não podemos ter pressa em elaborar o projeto. Precisamos trabalhar junto com a família para que ela possa desenvolver o que realmente deseja. Esse é um dos grandes aspectos que geram sucesso para a atividade produtiva”, explicou Denise Borges.
Conquistas
Larissa também fez um curso de avicultura para aprimorar a sua criação e foi contemplada com o cartão social, que permitiu comprar alimentos para as galinhas. O maior orgulho da família veio com a educação da filha mais velha, Ana Caroline. Graças ao Agrocolégio, um dos projetos da Emater, a adolescente se tornou a primeira e única jovem da cidade a estudar em período integral na instituição.
“A experiência da Larissa demonstra que estamos no caminho certo. Não estamos usando apenas os programas fechados, mas também observando habilidades e oportunidades. Assim, a família pode decidir por uma atividade produtiva que tenha a ver com o seu perfil e com a sua cidade. O Fomento Rural permite isso. Ele permite ousar e usar o recurso com autonomia”, acrescentou Denise Borges.
“Minha filha sempre quis estudar, mas eu via que seria difícil. A Emater nos deu esse empurrão”, emocionou-se Larissa. Hoje, a filha Ana Caroline é uma das primeiras da turma e o orgulho não só da família, mas de toda a comunidade.
“Neste ano, Larissa participou da articulação da assistência social. Isso demonstra que o programa não é isolado, mas sim integrado com a assistência social e outros programas. O objetivo é fortalecer a família como protagonista em todo o processo”, revelou a coordenadora estadual do Programa Fomento Rural.
Para Larissa, o programa não só mudou a vida, mas também plantou sementes de um futuro promissor para toda a família. “O Fomento e a Emater mudaram a visão da minha família. Só temos alegrias para contar”, agradeceu.
Assessoria de Comunicação – MDS
