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Transferência de Renda
Bolsa Família: redução da pobreza, autonomia e eficiência na gestão
Foto: Lyon Santos / MDS
O Bolsa Família foi relançado em março de 2023, com um modelo que considera a composição familiar para o cálculo do benefício que cada domicílio tem direito. Cada membro da família recebe R$ 142 per capita e os adicionais são no valor de R$ 150 para crianças de zero a seis anos e de R$ 50 para gestantes, nutrizes e crianças de sete a 18 anos. Como consequência, o programa contribui de forma eficiente para avanços no combate à pobreza, na melhora da segurança alimentar e na redução das desigualdades sociais.
Somente em julho deste ano, cerca de um milhão de domicílios deixaram de receber o Bolsa Família por terem aumentado a renda. A maioria deles, 536 mil, cumpriu o tempo estabelecido pela Regra de Proteção. Essas famílias atingiram o prazo máximo de recebimento de 50% do valor a que têm direito, por terem alcançado uma renda per capita entre R$ 218 e meio salário-mínimo à época (R$ 706 atualmente).
Como resultado, cerca de 8,6 milhões de famílias já deixaram o programa por melhoria de renda — não por cortes, mas pela conquista de autonomia e inclusão produtiva. “Queremos, cada vez mais, que o Bolsa Família, que está em todos os municípios, permita que as pessoas mais vulneráveis possam acessar outras políticas públicas, que elevem a sua escolaridade, qualificação profissional e empregabilidade, para que tenham uma maior proteção social e qualidade de vida”, afirmou a secretária nacional de Renda de Cidadania, Eliane Aquino.
Metas alcançadas
Em termos de resultados alcançados e metas obtidas, destaca-se que, em junho de 2025, o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) atingiu 100% das metas estabelecidas para o Programa Bolsa Família no primeiro ano do Plano Plurianual (PPA) 2024-2027.
O relatório do TCU aponta que o programa não só recuperou os avanços perdidos durante a pandemia, como superou as expectativas de curto prazo, reforçando seu papel na promoção da autonomia e dignidade das famílias beneficiárias. O documento ressalta o impacto positivo do programa na redução da pobreza.
Nesse sentido, a Senarc realiza uma avaliação contínua do PBF, analisando problemas, causas, produtos, resultados, impactos e boas práticas relacionados ao programa e à política de transferência direta de renda básica de cidadania.
Condicionalidades
Além de garantir renda para as famílias em situação de pobreza, o programa integra políticas públicas, fortalecendo o acesso das famílias a direitos básicos como saúde, educação e assistência social.
Para receber o Bolsa Família, os beneficiários assumem compromissos para melhorar cada vez mais a qualidade de vida de suas famílias. São as chamadas condicionalidades em saúde e educação.
Na área de saúde, as crianças menores de sete anos devem cumprir o calendário de vacinação e realizar acompanhamento do estado nutricional (peso e altura) e as gestantes devem realizar o pré-natal.
Já na área de educação, as crianças, adolescentes e jovens devem frequentar a escola. A frequência escolar mensal mínima varia de acordo com a idade:
• Frequência escolar de 60% para beneficiários de quatro a seis anos incompletos de idade;
• Frequência escolar de 75% para beneficiários de seis a 18 anos incompletos, que não tenham concluído a educação básica (ensino fundamental e ensino médio).
Aperfeiçoamento do PBF
O MDS e instituições parceiras realizam estudos e aprimoramentos contínuos com o objetivo de avançar na atualização do diagnóstico do problema da pobreza no Brasil com evidências estruturadas e recentes, que contemplem análise detalhada de suas causas e efeitos.
Isso é feito por meio da realização de pesquisas e estudos realizadas por órgãos ou instituições parceiras, como a Secretaria de Avaliação, Gestão da Informação e Cadastro Único (Sagicad) do MDS, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Fundação Getulio Vargas (FGV), o Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Banco Mundial, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), a comunidade acadêmica em geral, entre outros.
Essa ação conduz a novos conhecimentos e evidências sobre a temática da vulnerabilidade social, da pobreza e da fome, contribuindo para que o processo decisório no que tange a gestão do PBF ocorra embasado pelas melhores evidências possíveis.
IGD
Outro ponto de destaque é o Índice de Gestão Descentralizada (IGD), um indicador que mede os resultados da gestão do Programa Bolsa Família e do Cadastro Único obtidos em um mês.
Ele representa uma estratégia inovadora para medir o desempenho de cada município, estimular resultados cada vez mais qualitativos e compor a base de cálculo de recursos a serem transferidos aos municípios.
A ferramenta associa a gestão por resultados aos recursos financeiros a serem transferidos para estados e municípios, que devem ser utilizados para melhoria da gestão do Programa Bolsa Família e do Cadastro Único.
A finalidade dessa regra é melhorar a qualidade dos serviços prestados às famílias beneficiárias. Cada vez que se desenvolvem ações integradas do programa e do cadastro, os estados e municípios alcançam IGD mais elevado.
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Assessoria de Comunicação - MDS