Povos e Comunidades de Terreiro e Matriz Africana
Povos e Comunidades Tradicionais de Terreiro e Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana apresentam um patrimônio de diversidade linguística, ritual, sagrada, social, econômica e política baseada em fundamentos, princípios, cosmovisões, ritualidades e interações que mantêm e reelaboram a identidade africana e afro-brasileira. Para esses povos e comunidades, a memória dos ancestrais e antepassados é muito importante.
Seus territórios, espaços comunitários de produção e reprodução das suas culturas e tradições são conhecidos como Roças, Terreiros, Ilê Asé, Unidades Territoriais Tradicionais, entre outras denominações.
Esses povos e comunidades estão presentes em todo o país e são conhecidos por diferentes denominações: Candomblé, Batuque, Tambor de Mina, Xangô, Culto aos Egungun, Omolocô, Terecô, Catimbó, Xambá, Macumba, Tabatinga, Umbanda, Cabula, Nagô, Pajelança, Quimbanda, Jurema, Sessão ou Giro de Caboclo, entre outros nomes.
Seus territórios são lugares sagrados e a territorialidade dos seus povos e comunidades é vivenciada em espaços de proteção cultural e ambiental.
Os territórios de natureza como as roças, encruzilhadas, beiras de rios ou praias, nascentes, pedreiras, mangues, chão, estradas, matas, caminhos, vento e ar são espaços ancestrais, nos quais comunidades, antepassados e entidades sagradas convivem.
Constroem seus modos de vida e suas identidades por meio de suas cosmovisões, respeito pela natureza, religiosidade, valores, princípios, hierarquia, línguas, estética e indumentárias.