Extrativistas
As comunidades tradicionais extrativistas, também conhecidas como “povos da floresta”, têm modo de vida coletivo e vivem em estreita relação com os territórios da floresta, seus rios e biodiversidade.
Sua existência é baseada no extrativismo vegetal não-madeireiro, no manejo sustentável dos recursos naturais, na agroecologia e na criação de pequenos animais. Guardiãs de saberes tradicionais e praticantes de tecnologias ancestrais, as comunidades preservam a sociobiodiversidade por meio do uso e da transmissão intergeracional de saberes.
Desde a década de 1980, articulam-se politicamente por meio do Conselho Nacional das Populações Extrativistas (CNS), representando uma diversidade de grupos: seringueiros, castanheiros, coletores de açaí, babaçueiros, piaçabeiros e extratores de plantas medicinais. Com papel estratégico na proteção dos biomas e no enfrentamento das mudanças climáticas, são protagonistas na construção de políticas públicas que reconheçam seus direitos territoriais, autonomia e contribuição para o bem-viver e a sustentabilidade.
São beneficiários da Lei nº 9.985/2000 que, ao instituir o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), previu a criação de Reservas de Uso Sustentável como as Reservas Extrativistas (RESEX) e de Desenvolvimento Sustentável (RDS).