Notícias
Alto Rendimento
Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania amplia lista de entidades que podem indicar competições ao Bolsa Atleta
Assinatura do decreto pelo presidente Jair Bolsonaro contou com as presenças do secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Marcelo Magalhães, do ministro da Cidadania, Ronaldo Bento, e do secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento, Bruno Souza. Foto: Isac Nóbrega/ PR
A Presidência da República publicou no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 11.08, o Decreto nº 11.168. O texto amplia as entidades esportivas que podem indicar competições para o Bolsa Atleta, programa da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. A partir de agora, a Confederação Brasileira do Desporto Escolar (CBDE) e a Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU) passam a integrar a lista de instituições aptas a apontar competições estudantis e universitárias elegíveis para a concessão dos benefícios.
Antes, a incumbência era restrita ao Comitê Olímpico do Brasil (COB) e ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). “A partir de agora, a CBDE e a CBDU, que são entidades bastante conectadas ao universo de estudantes-atletas, também poderão indicar competições estudantis e universitárias para concessão da Bolsa Atleta. Isso amplia o leque de abrangência do programa", afirmou o ministro da Cidadania, Ronaldo Bento.
O ministro esteve no ato formal de assinatura do decreto na quarta, 10.08, no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Jair Bolsonaro. Também estiveram o secretário especial do Esporte do Ministério da Cidadania, Marcelo Magalhães, o secretário nacional de Esporte de Alto Rendimento, Bruno Souza, e o secretário nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, Ronaldo Lima.
Entre as competições mais importantes conduzidas por CBDE e CBDU estão os Jogos Escolares Brasileiros (JEB’s) e os Jogos Universitários Brasileiros (JUB’s), respectivamente. Os JEB’s foram retomados a partir de parceria entre CBDE e Governo Federal em 2021, após um hiato de 17 anos. A competição reuniu mais de cinco mil atletas na disputa de 17 modalidades, a maioria delas no Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro.
Parceiro do alto rendimento
O Bolsa Atleta é o programa de patrocínio direto da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. O edital de 2022 contempla 6.410 esportistas, divididos entre as categorias Base (292), Estudantil (241), Nacional (4.788), Internacional (847) e Olímpica/Paralímpica (242). Eles se tornam elegíveis a partir de resultados de destaque (primeira, segunda ou terceira colocação) em torneios nacionais e internacionais chancelados pelo Governo Federal.
A lista atual tem 3.570 homens (55,7%) e 2.840 mulheres (44,3%). Um total de 4.807 praticam modalidades olímpicas e 1.603 se dedicam a esportes do programa paralímpico. Os repasses mensais variam entre R$ 370 e R$ 3.100, de acordo com a categoria. O investimento anual é de R$ 83,3 milhões.
Além disso, o programa conta, ainda, com a categoria Pódio, a principal do Bolsa Atleta, que tem edital específico e é voltada a atletas com maior potencial de destaque em competições internacionais. Um dos critérios de indicação é que os candidatos estejam entre os 20 melhores do mundo em suas modalidades. Os repasses mensais variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil, de acordo com os resultados apresentados.
A Bolsa Pódio conta atualmente com 357 contemplados. São 163 atletas de modalidades olímpicas e 194 das paralímpicas. Há 199 homens e 158 mulheres. O investimento anual é de R$ 46,1 milhões.
No somatório dos dois editais, o investimento anual do Ministério da Cidadania nos programas Bolsa Atleta + Bolsa Pódio é de R$ 129,4 milhões e contempla 6.763 atletas.
Relevância comprovada
A abrangência e relevância do Bolsa Atleta pode ser medida pelos resultados nacionais nas principais competições. Nos Jogos de Tóquio, por exemplo, 80% dos integrantes da delegação olímpica e 95% da paralímpica eram bolsistas.
Nos Jogos Olímpicos, o país conquistou 21 medalhas (sete ouros, seis pratas e oito bronzes), em 13 modalidades. O resultado significou a 12ª colocação no quadro de medalhas. Em 19 dos 21 pódios (90,45%), os atletas recebiam a Bolsa Atleta. As exceções foram o futebol masculino, que não integra o programa, e a prata de Rayssa Machado, no skate.
A “Fadinha” só não fazia parte do programa porque ainda não tinha a idade mínima determinada pela legislação: 14 anos. Como completou a idade mínima, Rayssa passou a figurar na lista da Bolsa Pódio em fevereiro de 2022.
Nas Paralimpíadas, foram 72 medalhas (22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes) conquistadas, o que rendeu a sétima posição no quadro de medalhas ao Brasil. Os bolsistas representaram 68 dos 72 pódios conquistados: 94,4% do total.
Mais recentemente, no Mundial de Atletismo, que se encerrou no fim de julho, o Brasil teve 13 atletas no top 8 da competição, com dois medalhistas: Alison dos Santos foi ouro nos 400m com barreiras e Letícia Oro Melo terminou com o bronze no salto em distância. Em número de pontos, foi a melhor campanha do país na história dos mundiais. Os 13 atletas do top 8 tiveram os nomes publicados num total de 85 ocasiões em editais do Bolsa Atleta. O investimento direto no grupo soma R$ 4,53 milhões.
Assessoria de Comunicação - Ministério da Cidadania