UFRN cria ambiente de computação em nuvem com TV Box destinados pela Receita Federal

Assinado em março, o Acordo de Cooperação Técnica firmado entre a Receita Federal e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), criado para reciclar TV Box apreendidos, rende ótimos frutos para as duas instituições. No final de outubro, o Laboratório de Convergência de Redes (Labconvex/DCO/UFRN) inaugurou o primeiro ambiente de computação em nuvem para uso de TV Box descaracterizadas no curso de Engenharia de Telecomunicações.

Desde o início do acordo, a Receita Federal destinou mais de 6,5 mil para a UFRN. Lá, os TV Box são descaracterizados e recebem diferentes funcionalidades de acordo com as necessidades das disciplinas práticas envolvidas, sendo transformados em mini PCs, centrais PBX IP e Hubs de sensores para IoT (Internet das Coisas).

O delegado da Receita Federal no Rio Grande do Norte, auditor-fiscal Wyllo Marques, destacou a importância do acordo para a instituição. “Esta é mais uma oportunidade de entregar à sociedade os frutos do trabalho da Receita Federal gerando cidadania, principalmente tratando-se de uma parceria com uma instituição de ensino renomada e de grande abrangência”, afirmou.

De acordo com o coordenador do Labconvex/UFRN, professor Cláudio Rodrigues Muniz, a parceria permitiu aos estudantes uma experiência inovadora relevante, preparando-os para desafios reais e promovendo uma abordagem prática e interdisciplinar, além de otimizar recursos tecnológicos que, de outra forma, seriam destinados à destruição.

“Esse reaproveitamento não apenas contribui para a formação dos alunos com dispositivos reais e acessíveis, mas também representa uma solução sustentável ao dar nova utilidade a equipamentos descartados, alinhando-se aos princípios da economia circular e reduzindo o impacto ambiental”, pontuou o coordenador.

O Acordo de Cooperação Técnica entre a Receita Federal e a UFRN vai até março de 2027 e prevê a entrega de mais TV Box. Até lá, novos tipos de TV Box serão identificados para que suas descaracterizações possam permitir novas funcionalidades para uso em diversas outras aplicações dentro e fora da universidade.

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