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TRANSNORDESTINA EM TESTE
Ferrovia leva mil toneladas de milho para o Ceará
Com cerca de 1.200 quilômetros de extensão, a Transnordestina é um dos principais projetos estruturantes do Nordeste. (Foto: Yasmin Fonseca/MIDR)
Brasília (DF) - Os investimentos do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) na Transnordestina ultrapassaram R$ 5,3 bilhões com a liberação de mais R$ 700 milhões para a obra. Recentemente, a ferrovia transportou 20 vagões carregados com mil toneladas de milho entre as cidades de Bela Vista do Piauí (PI) e Iguatu (CE) para teste de carga, descarga e circulação em marcha. Desde 2023, o financiamento da ferrovia é estruturado pela Secretaria Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros (SNFI) do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).
Os R$ 700 milhões foram liberados nessa segunda-feira (22), garantindo a continuidade das obras e a execução dos contratos em andamento. O recurso fortalece o fluxo financeiro do empreendimento e assegura o avanço das frentes de trabalho distribuídas ao longo do traçado da ferrovia, considerada estratégica para a logística nacional, conforme explica a secretária substituta da SNFI, Fabíola Furtado Barros. “O aporte de R$ 700 milhões reafirma o compromisso do Governo Federal com o desenvolvimento do Nordeste. A Transnordestina é uma obra fundamental para integrar territórios, dinamizar cadeias produtivas e promover crescimento equilibrado e sustentável entre as regiões do País”, afirmou Fabíola.
A SNFI também contribuiu para a liberação de R$ 800 milhões do leilão do Fundo de Investimentos do Nordeste (Finor). Atualmente, a Transnordestina conta com 100% da execução contratada, com a recente assinatura das ordens de serviço dos lotes 9 (Baturité–Aracoiaba, com 46 km) e 10 (Aracoiaba–Caucaia, com 51 km), considerados os trechos de maior complexidade técnica e fundamentais para a conclusão da fase 1 do projeto, prevista para 2027. “O valor liberado busca manter o ritmo acelerado das obras e está alinhado à recente assinatura dos lotes 9 e 10, fazendo com que a ferrovia tenha ligação com o Porto de Pecém (CE)”, explicou José Alberto da Silva Filho, assessor da SNFI.
O reforço ocorre em um momento de avanços concretos na execução do projeto. Os primeiros testes de operação da ferrovia entre os estados do Piauí e Ceará ocorreram a partir da emissão da Licença de Operação (LO) pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). A etapa representa um marco técnico importante, indicando a evolução da obra para as fases de verificação operacional e consolidação da infraestrutura já implantada.
A previsão de conclusão da ferrovia é em 2028. “A Transnordestina deixou de ser uma promessa de longo prazo para se consolidar como uma realidade operacional. O aporte de R$ 700 milhões reafirma o papel da Sudene na viabilização de uma obra com alto potencial de transformação da logística nordestina”, afirmou o superintendente da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), Francisco Alexandre. A superintendência é vinculada ao MIDR.
Sobre a ferrovia
A Transnordestina é um dos principais projetos estruturantes do Nordeste. Com cerca de 1.200 quilômetros de extensão, a obra tem como objetivo integrar regiões produtoras do interior aos portos do litoral, ampliando a competitividade logística, reduzindo custos de transporte e impulsionando o desenvolvimento econômico regional. Além de fortalecer cadeias produtivas estratégicas, o empreendimento contribui para a geração de emprego e renda e para a redução das desigualdades regionais.
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