Amapá desfila tradição afro-amazônica no lançamento da Rota da Moda

Para Marilene Nascimento, chefe de gabinete do MIDR e representante do ministro Waldez Góes no evento, o desfile consolida um trabalho de reconhecimento do potencial local. “O desfile de hoje coroa algo que já vem sendo construído ao longo deste ano de 2025, com um olhar do ministério sobre o potencial de moda do estado. A Rota da Moda possibilita o fortalecimento dos arranjos produtivos locais, com esse olhar específico para a moda no âmbito do Amapá”, afirmou.

Estima-se que a iniciativa possa beneficiar cerca de 3.500 empresas ativas no setor de vestuário e acessórios no estado.

A oficina de planejamento estratégico reuniu criadores de diferentes segmentos da moda amapaense e gestores públicos, nos dias 4 e 5 de dezembro, no Sebrae. Como resultado imediato, foi instituído o Comitê Gestor da Rota da Moda no Amapá e elaborada uma carteira de projetos criada pelos próprios participantes.

Viviane Ribeiro, consultora do MIDR e coordenadora da Rota da Moda, explicou a importância técnica dessa etapa. “Esses dois dias foram intensivos. Juntos com toda a população da moda e os atores locais, pudemos construir a visão de futuro e traçar estratégias de curto, médio e longo prazo para criar uma cadeia mais desenvolvida aqui no território amapaense”, afirmou.

Zwanga Fashion Week

Com foco no fortalecimento do empreendedorismo de mulheres negras, periféricas, quilombolas e ribeirinhas, o desfile Zwanga Fashion Week utiliza a moda como ferramenta de inclusão social e resgate da autoestima.

Rejane Soares, designer de moda, fundadora do Projeto Afroperiferia e criadora da marca Zwanga, celebra a chegada do apoio federal como uma resposta a uma demanda antiga do setor local.

“A vinda da Rota da Moda para o Amapá foi algo que nós da Zwanga provocamos, nós esperávamos por ela aqui. É gratificante ver que temos potência suficiente para construir uma semana de moda. O nosso maior objetivo era descentralizar, tirar a moda dos grandes centros e mostrar que a comunidade quilombola, ribeirinha e quem está nos conjuntos habitacionais consegue receber e entender a moda afro. Se com pouco a gente já faz muito, com o apoio da Rota da Moda, que trará estruturação e formação, vamos muito mais longe”, declarou Rejane.

Outras notícias

Amapá entra oficialmente na Rota da Moda e amplia presença na economia criativa nacional

MIDR e Codevasf entregam equipamentos para fortalecer a produção agroextrativista no Amapá

MIDR e Marinha do Brasil assinam Protocolo de Intenções no Amapá nesta segunda (08)