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DESENVOLVIMENTO REGIONAL
Xingu ganha novo ciclo de gestão e projetos sustentáveis
PDRSX amplia participação e aprova ações que unem renda e preservação (Foto: Divulgação/SDR)
Brasília (DF) – O Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu (PDRSX) passará a ter uma governança mais ampla e diversa a partir de 2026. O Comitê Gestor incluirá os ministérios dos Povos Indígenas (MPI), do Meio Ambiente (MMA) e da Igualdade Racial (MIR), além de três novas organizações da sociedade civil — ampliando o grupo de 16 para 22 membros. O anúncio foi feito durante a última reunião ordinária do ano, nesta semana, em Altamira (PA), e inicia um novo ciclo de fortalecimento do plano, que orienta ações e investimentos voltados à melhoria da vida no território do Xingu.
Na XXI Reunião Ordinária, coordenada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), foram apresentados os avanços da avaliação territorial do PDRSX. O estudo, conduzido pela Secretaria Nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial (SDR), analisa os resultados das políticas implementadas desde 2010 e já aponta impactos positivos em toda a região. Segundo o coordenador-geral de Gestão Territorial, Vitarque Coelho, os resultados preliminares foram amplamente elogiados pelos membros do comitê. “A apresentação foi muito bem recebida, e os membros solicitaram que ela seja compartilhada também com os prefeitos dos 13 municípios do território e com a direção da Norte Energia”, destacou Vitarque.
Projetos ajustados e iniciativas ambientalmente sustentáveis
O colegiado aprovou ajustes em projetos apoiados pelo edital do PDRSX, com destaque para a iniciativa da Associação CREAX, que propõe a criação de uma indústria de sabão sustentável produzido a partir de resíduos reutilizáveis e conduzida por mulheres — ação que pode se tornar referência nacional.
Também foram aprovados ajustes em projetos voltados à regularização fundiária, ao apoio a municípios da região e à implementação de Sistemas Agroflorestais (SAFs), sobretudo os baseados no cacau como instrumento de restauração ambiental e produção sustentável.
Novo decreto ampliará território
Durante a reunião, o Comitê Gestor discutiu o andamento do novo decreto do PDRSX, que aguarda envio à Casa Civil. A proposta prevê a ampliação do território com a inclusão dos municípios de São Félix do Xingu, Gurupá e Portel, além de autorizar o uso de recursos para logística, estudos e acompanhamento das atividades do programa — o que não é permitido pela norma atual.
A renovação do Comitê Gestor será iniciada em fevereiro de 2026, já considerando a nova composição ampliada.
Foco em reflorestamento
O colegiado também deliberou sobre o novo edital do PDRSX, previsto para ser lançado após a publicação do decreto atualizado. O edital deverá investir cerca de R$ 60 milhões em iniciativas voltadas ao reflorestamento, recuperação de áreas degradadas e ações de bioeconomia no território, com integração às estratégias do Ministério do Meio Ambiente.
Reunião encerra 2025 com avanços e diretrizes claras
A XXI Reunião Ordinária contou com ampla participação e avaliação positiva. Para Vitarque Coelho, os debates consolidaram avanços estruturantes e preparam o PDRSX para um novo ciclo. “Em fevereiro, devemos aprovar o novo regimento já alinhado ao decreto atualizado, ampliando as cadeiras e os municípios participantes”, afirmou.
Com isso, o PDRSX encerra 2025 com decisões estratégicas que ampliam a governança, fortalecem a participação social e reforçam o compromisso com o desenvolvimento regional sustentável no território do Xingu.
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