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ÁGUA PARA TODOS
MIDR leva modelo brasileiro de gestão da água para a COP30
Secretário Giuseppe Vieira destacou como os projetos de segurança hídrica do MIDR contribuem para a redução de desigualdades e melhoria da qualidade de vida das pessoas. (Foto: Divulgação/MIDR)
Belém (PA) - No primeiro dia da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), a segurança hídrica e a gestão da água foram reforçadas pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) nesta segunda-feira (10), em Belém, no Pará.
Pela manhã, o secretário Nacional de Segurança Hídrica do MIDR, Giuseppe Vieira, participou do painel “Segurança Hídrica e Cooperação para a Resiliência Climática na Amazônia”. O evento aconteceu na Estação Amazônia Sempre, no Museu Goeldi.
O secretário Giuseppe lembrou que 20% da água doce do planeta está na Amazônia, o que exige coordenação multinível e regional. Ele também comentou o período decisivo que a Amazônia enfrenta diante das mudanças no clima. “Secas extremas e enchentes severas têm afetado rios, áreas urbanas e comunidades ribeirinhas, dispersas no meio rural, com consequências socioeconômicas significativas”, ressaltou.
Diante dessa realidade, Giuseppe destacou como os projetos de segurança hídrica do MIDR contribuem para a redução de desigualdade e melhoria da qualidade de vida das pessoas. Políticas de irrigação e uso produtivo da água, revitalização de bacias, além de programas como o Água Doce e a Transposição do São Francisco foram citados como iniciativas de segurança hídrica.
O evento contou com a presença da coordenadora-geral de temas multilaterais do MIDR, Marina Romão; diretora-presidente da Agência Nacional de Águas, Veronica Rios; Adriana Campelo, do Escritório das Nações Unidas para a Redução de Riscos de Desastres (UNDRR), e Daniel Hincapie, líder de operações da unidade coordenadora amazônica do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Gênero e recursos hídricos
O painel “Papel Central das Mulheres na Gestão da Água: Desafios e Oportunidades para o Futuro Sustentável” abordou a perspectiva das mulheres na questão da água com o olhar das comunidades tradicionais. O debate também trouxe para a discussão a transversalidade de gênero nas políticas públicas e nos direitos das mulheres, e as ações e desafios da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) no Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos.
“O objetivo principal do painel foi dar visibilidade e reconhecer a contribuição das mulheres na gestão da água em diferentes contextos, seja na agricultura familiar, formulação de políticas, entre outros. Também falamos sobre os obstáculos enfrentados por essas mulheres para terem acesso e participação plena nas decisões sobre recursos hídricos e estimulamos o diálogo entre a sociedade civil e o governo para a criação de compromissos concretos de implementação de ações afirmativas de gênero”, afirmou a mediadora Marilene Nascimento, chefe de gabinete do ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.
"Integrar a perspectiva de gênero como pilar estratégico para a segurança hídrica é uma abordagem que potencializa a equidade, aumenta a resiliência social e melhora a gestão dos recursos", completou Marilene.
O diretor do Departamento de Revitalização de Bacias Hidrográficas e Planejamento em Segurança Hídrica da Secretaria Nacional de Segurança Hídrica do MIDR, Nelton Miguel Friedrich, participou do painel. Ele destacou como a emergência climática impacta as mulheres. “As mudanças climáticas têm como primeira vítima o ciclo das águas e, em seguida, as mulheres. Essa é a realidade. As populações mais pobres e as comunidades vulnerabilizadas sofrem ainda mais. Por isso, temos que promover a justiça hídrica e ter justiça ambiental. Não é possível seguir com a visão de que a água é uma mercadoria. É preciso compreender que ela é imprescindível, insubstituível, sagrada e bem comum”, concluiu.
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