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GESTÃO DE RISCOS E DESASTRES
Em painel do BRICS, MIDR destaca papel fundamental do Defesa Civil Alerta
Secretário Wolnei Wolff destacou importância de integrar sistemas de alerta precoce com planos de ação antecipada. (Foto: Yasmin Fonseca/MIDR)
Brasília (DF) - O papel fundamental do Defesa Civil Alerta de salvar vidas foi destaque no painel interativo do Grupo de Gestão de Riscos e Desastres do BRICS, realizado nesta quinta-feira (17). Representando o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), sob a coordenação do secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Wolnei Wolff, o diretor do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), Armin Braun, apresentou os avanços do sistema de alerta precoce, que já atende mais de 60% da população brasileira. Outros países-membros também puderam expor as estratégias para gestão de riscos e desastres.
O secretário Wolnei falou sobre a importância de integrar sistemas de alerta precoce com planos de ação antecipada para mitigar os impactos de desastres. "Nosso trabalho é compartilhar as melhores práticas de nossos países, discutir os desafios enfrentados, explorar oportunidades e incentivar a cooperação", disse. “Estamos vivenciando inúmeros problemas com relação às mudanças climáticas, em que praticamente todos os países são impactados. Por isso, esse é um tema muito importante. Os desastres não têm fronteiras e afetam todos, principalmente os países mais pobres e em desenvolvimento, como é o caso do Brasil”, destacou o secretário.
O encontro contemplou dois temas centrais: alerta precoce e ação antecipada e combate às desigualdades para reduzir vulnerabilidades. A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec/MIDR), com o apoio da Secretaria Nacional de Periferias (SNF/MCid), liderou os debates com uma proposta inovadora e integrada, estruturada em três eixos principais: combate às desigualdades, resposta antecipada baseada em tecnologia e infraestrutura resiliente.
A China compartilhou experiências inovadoras em monitoramento de riscos e alertas precoces, fortalecimento da resiliência e aumento da capacidade de prevenção de desastres. A Indonésia, por sua vez, expôs estratégias para reduzir vulnerabilidades, envolvendo a proteção social adaptativa e escolas seguras. A África do Sul apresentou o Sistema de Alerta de Tempo Severo Baseado em Impacto, que enfatiza a vulnerabilidade localizada e apoia a resposta coordenada a desastres. O painel também contou com a participação da Estratégia Internacional das Nações Unidas para a Redução de Desastres (UNDRR) e de representantes da Etiópia, Indonésia e Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Defesa Civil Alerta
O Defesa Civil Alerta, tecnologia implementada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional em parceria com a Anatel, Ministério das Comunicações e operadoras de telefonia, que envia alertas diretamente aos celulares da população em áreas de risco, está disponível para os estados das regiões Sul e Sudeste. A sua utilização salvou vidas nos recentes desastres em Angra dos Reis e Petrópolis, no Rio de Janeiro, cidades castigadas pelas fortes chuvas.
Com o alerta, foi possível que a população deixasse os locais de risco e fossem levadas a lugares seguros. Em breve o sistema será implementado também nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste.
Gestão de Riscos e Desastres
Sob a presidência brasileira, o Grupo de Gestão de Desastres do BRICS vem consolidando uma nova fase de cooperação internacional voltada ao fortalecimento da resiliência, da equidade e da capacidade de resposta frente aos desastres.
A primeira reunião virtual ocorreu em 20 de fevereiro de 2025 e marcou a abertura oficial dos trabalhos. Durante a sessão, o governo brasileiro propôs a construção de um plano de trabalho com horizonte trienal, como um roteiro de ações estruturantes (roadmap), incluindo a proposta de desenvolvimento de projetos-piloto voltados à implementação de sistemas de alerta precoce comunitário e infraestrutura resiliente.
A segunda reunião, realizada em 16 de abril de 2025, foi à apresentação conjunta do plano de trabalho proposto pelo Brasil e à escuta ativa das contribuições dos países-membros. Durante os encontros, o Brasil reafirmou seu compromisso com uma cooperação técnica sólida e multilateral, com o apoio de parceiros de conhecimento como a UNDRR e instituições internacionais vinculadas ao tema de desastres.
As próximas reuniões técnicas estão previstas para ocorrer presencialmente em Brasília, nos dias 7 a 8 de maio, e a Ministerial está prevista para o dia 9 de maio de 2025. Os encontros integram a preparação brasileira para a COP30, que será realizada em Belém do Pará, reafirmando o protagonismo do país nas agendas climática e humanitária.
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