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SEGURANÇA HÍDRICA
Brasil reforça integração entre água, saneamento e clima em reunião de ministros em Madri
Brasil destaca papel da água e do saneamento na adaptação climática durante encontro de ministros em Madri (Foto: Divulgação/MIDR)
Madrid (Espanha) – Uma reunião de ministros de Saneamento e Água encerrou esta semana os encontros da missão do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) na Espanha. O Brasil consolidou, nesta quinta-feira (23), compromissos internacionais para integrar as agendas de abastecimento, saneamento e ação climática. O país teve papel de destaque ao apresentar avanços em sua política de segurança hídrica e as iniciativas que levará à COP30, em Belém (PA).
Os ministros de Saneamento e Água participaram de encontro organizado pela parceria global Saneamento e Água para Todos (SWA), UNICEF e Governo da Espanha. No encontro foram debatidas estratégias integradas entre os setores de água, saneamento e ação climática, com foco em soluções resilientes e sustentáveis, de olho nas reuniões que serão realizadas a seguir: COP30 e Conferência Mundial da Água das Nações Unidas.Representando o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, o secretário nacional de Segurança Hídrica, Giuseppe Vieira, destacou o compromisso do Governo Federal em tratar a segurança hídrica como política de Estado, articulando investimentos, governança e planejamento em uma agenda voltada à adaptação climática e ao desenvolvimento regional sustentável. “A liderança do presidente Lula e do ministro Waldez Góes tem sido decisiva para colocar a água e o saneamento no centro das estratégias de desenvolvimento. Essa visão integrada une infraestrutura, adaptação climática e desenvolvimento regional sustentável, reforçando a segurança hídrica como prioridade nacional”, afirmou o secretário.
Fortalecimento e integração
Durante os dois dias de reuniões, os ministros debateram os desafios e oportunidades para fortalecer a integração entre políticas de abastecimento de água, saneamento, gestão de recursos hídricos e enfrentamento das mudanças climáticas. Foram discutidos temas como a necessidade de mecanismos estáveis de financiamento, capacitação técnica e fortalecimento institucional para que os países possam avançar na implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), em especial o ODS 6 – Água e Saneamento para Todos.
Na quarta-feira (22), o Brasil participou de sessões ministeriais que abordaram a importância da coordenação intersetorial e da integração das políticas públicas. O secretário apresentou a estrutura de governança da gestão da água no país e ressaltou o papel das políticas de adaptação no fortalecimento da resiliência climática. O diretor da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Leonardo Góes, também representou o país em painel sobre a relação entre água, saneamento e resiliência climática.
No segundo dia do encontro, o secretário participou do Diálogo Ministerial sobre Iniciativas de Chefes de Estado, que discutiu o papel da liderança política no avanço das políticas públicas de água e saneamento. Ele apresentou as principais ações do Governo Federal, como o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê mais de US$ 15 bilhões em investimentos nos eixos Água para Todos, drenagem urbana, abastecimento de água, esgotamento sanitário e gestão de resíduos sólidos.
Caminho das Águas
O secretário também ressaltou a importância do Programa Caminho das Águas, iniciativa do presidente Lula e do ministro Waldez Góes que dá visibilidade às obras e ações de segurança hídrica no país, especialmente no semiárido nordestino, por meio do Projeto de Integração do Rio São Francisco (PISF), a maior infraestrutura hídrica da América Latina.
COP30
Na plenária de encerramento, quando foi adotado o Pacto de Líderes de Alto Nível sobre Segurança Hídrica e Resiliência, Giuseppe Vieira destacou a agenda brasileira para a Água na COP30, que será realizada em Belém (PA). Ele anunciou o lançamento de três Planos de Aceleração: dois de Resiliência Hídrica e um de Redução de Riscos de Desastres, além da criação do Quarteirão da Resiliência das Cidades, Infraestrutura e Água, espaço integrado que simboliza a união das agendas urbanas e hídricas na construção da adaptação climática. “Na COP30, queremos transformar o debate em resultados concretos. Colocar a água no centro das soluções é o melhor caminho para garantir estratégias de adaptação, resiliência e desenvolvimento sustentável para todos”, concluiu o secretário.
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