Divulgado o relatório internacional do ICCS

Foi divulgado, nesta terça-feira, 28 de novembro, o relatório de resultados do Estudo Internacional de Educação Cívica e Cidadania (ICCS) 2022. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) operacionalizou a aplicação pela primeira vez no Brasil, em conjunto com a Associação Internacional para a Avaliação do Desempenho Educacional (IEA). Participaram cerca de 6 mil alunos (do 8º ano do ensino fundamental) de 190 escolas distribuídas por todas as unidades da Federação.

O ICCS é realizado a cada seis anos. A avaliação analisa o conhecimento e a compreensão dos alunos sobre questões relacionadas à cidadania e ao civismo, bem como suas crenças, atitudes e comportamentos, no que se refere a esses temas. Além disso, coleta dados sobre a qualificação dos professores e as práticas de ensino. Também apura informações a respeito do ambiente escolar e da relação das famílias e das comunidades com as atividades realizadas pelas escolas.

Engajamento – O Brasil se destaca no que diz respeito ao envolvimento cívico dos alunos no universo das mídias digitais. O ICCS apurou a porcentagem de estudantes que realizam, pelo menos uma vez por semana, determinadas práticas nas redes. Os brasileiros atingiram as seguintes pontuações:

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Isso levou o Brasil a alcançar 55 pontos na escala que indica o envolvimento dos alunos com questões políticas e sociais nas plataformas digitais. O resultado supera a média observada no ICCS, que é de 50 pontos.

Outros resultados – Os resultados do estudo informam, ainda, a respeito do interesse dos estudantes em problemas sociais e políticos; autoeficácia cidadã; percepção de influência na tomada de decisão na escola; participação dos estudantes em comunidades e organizações; e outros temas afeitos à cidadania e ao civismo.

Ciclos – O ICCS 2022 é o terceiro ciclo do estudo, que dá sequências às edições de 2009 e 2016. Para cada ciclo, desenvolvem-se novas medidas, no sentido de enfrentar os desafios no âmbito da educação cívica e para a cidadania e, também, a partir de contextos sociais. A edição de 2022 ampliou o leque de abordagens com aspectos como o aumento dos movimentos populistas, práticas governamentais autoritárias e questões climáticas ou ambientais.

Representação e comparabilidade – A baixa adesão ao estudo no cenário pós-pandemia fez com que o Brasil não atingisse o requisito mínimo referente à participação de estudantes e professores para que seus resultados fossem comparáveis aos dos outros países participantes. A taxa de participação brasileira foi de 67,9% dos estudantes e 65,5% dos professores previstos – idealmente, os países deveriam garantir a participação de ao menos 85% da amostra. Dessa forma, os resultados brasileiros devem ser interpretados com a devida cautela em relação à possibilidade de viés amostral.

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Assessoria de Comunicação Social do Inep