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COP30
MIDR participa da Pré-COP e defende planejamento integrado para redução de riscos e adaptação climática
Resiliência climática e gestão das águas unem MIDR e Ministério das Cidades na Pré-COP (Foto: Divulgação/MIDR)
Brasília (DF) - Em preparação para a COP30, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) participou, nesta terça-feira (14), da abertura do seminário da Pré-COP “Resiliência Climática e Redução dos Riscos em Cidades Costeiras”, organizado pelo Ministério das Cidades (MCid) e pelo Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNDRR). O evento reuniu autoridades, especialistas e representantes da sociedade civil para discutir estratégias de adaptação e mitigação frente aos desafios climáticos que afetam as áreas litorâneas do país. A cerimônia contou com a presença do secretário executivo substituto do MIDR, Tito Queiroz, que representou o ministro Waldez Góes, e do ministro das Cidades, Jader Filho.
O MIDR e o Ministério das Cidades atuam de forma complementar em pautas estratégicas, especialmente nas relacionadas à resiliência climática e à redução de riscos de desastres, com ênfase na centralidade da água nas ações voltadas a esses temas. Essa integração reforça o compromisso do Governo Federal em promover políticas públicas sustentáveis, que conciliem proteção ambiental, planejamento urbano e segurança das populações mais vulneráveis.
Elevação do nível do mar
O secretário alertou para os impactos da elevação do nível do mar, que muitas vezes se manifestam de forma silenciosa em seus estágios iniciais, mas que se tornam cada vez mais devastadores — como já ocorre no município de São João da Barra (RJ), onde mais de 500 residências foram afetadas. Tito Queiroz lembrou que 54% da população brasileira vive em áreas costeiras e que os processos erosivos envolvem múltiplas dimensões, como ocupação irregular, correntes marinhas, marés e geologia local. “Em um cenário de mudanças climáticas intensas, esses fatores tornam o tema ainda mais grave e complexo, exigindo conhecimento técnico especializado e planejamento integrado”, afirmou Tito Queiroz.
Planejamento e parcerias
O enfrentamento desses desafios deve envolver todos os atores do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil, incluindo os entes federativos, a sociedade civil, a iniciativa privada e as comunidades afetadas. Segundo o secretário, a complexidade e urgência do tema demandam parcerias com instituições internacionais, para troca de experiências e tecnologias, além de se inserirem no contexto das discussões sobre financiamento climático voltado à mitigação e adaptação.
O ministro das Cidades, Jader Filho, destacou a ampliação dos investimentos do Governo Federal em ações de prevenção às mudanças climáticas e em projetos voltados à preservação ambiental. Ele conclamou estados e municípios a se unirem em torno do tema e reforçou a importância de garantir recursos para que as soluções implementadas tenham continuidade.
Realizado um dia após o Dia Internacional para a Redução do Risco de Desastres, celebrado em 13 de outubro, o seminário reforçou a necessidade urgente de adaptar as regiões e infraestruturas brasileiras aos impactos das mudanças climáticas. Também participaram da cerimônia Adriana Campelo, representante do UNDRR no Brasil; Fábio Eon, coordenador da UNESCO; Marinez Scherer, enviada especial para oceanos da Presidência da COP30; o prefeito de Barcarena (PA), Renato Ogawa; e o deputado federal Keniston Braga (PA).
Após a abertura, foram realizados dois painéis temáticos: “A elevação do nível do mar e seus impactos nas cidades brasileiras” e “Instrumentos para construção de resiliência climática e redução de riscos de desastres em cidades costeiras”. As discussões contribuíram para o fortalecimento da agenda nacional de adaptação climática e para a preparação do Brasil rumo à COP30, que será realizada de 10 a 21 de novembro, em Belém (PA).
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