Territórios Pilotos Bioregio
Etapas da Estratégia
Definição dos territórios da Bioeconomia
Foram selecionados 4 territórios-chave onde serão direcionados esforços para viabilizar a Política Nacional de Desenvolvimento Regional - PNDR via Programa BioRegio com base em suas vocações sociobioeconômicas, recursos e oportunidades, respeitando e potencializando as dinâmicas sociais, as condições de conservação da biodiversidade e perenidade de ações, por meio de articulação e governança local. De acordo coma estratégia BioRegio, e a partir de consultoria especializada, foram considerados aspectos para os critérios de seleção dos territórios, tais como:
- potencial produtivo das cadeias existentes no território nos setores de alimentos, fitomedicamentos, biocosméticos, bioartefatos, ecoturismo e outros.
- grau de maturidade das cadeias produtivas da bioeconomia no território.
- nível de organização social dos produtores
- demanda de mercado dos produtos
- presença de políticas e iniciativas públicas e privadas.
- presença em regiões de fronteira, privilegiando este espaço prioritário da PNDR.
- dotação de infraestrutura: conectividade, transportes, energia
Com base nos critérios descritos, foram selecionados os seguintes territórios para a primeira fase:
Alto Solimões/AMTerritório com vocação para PFNM
– Produtos Florestais Não Madeireiros (fruticultura), pescado de manejo (pirarucu), Ecoturismo e com bom potencial de crescimento para exportação e uma boa infraestrutura de acesso (aeroportos internacionais) e de CT&I no Brasil e na Colômbia. Território possui as cidades gêmeas de Tabatinga (AM) e Leticia (COL), tendo sinergia com o Programa de Desenvolvimento da Faixa de Fronteira - Programa Fronteira Integrada (PFI). O território do Alto Solimões vem sendo trabalhado com especial atenção, pela sua condição estratégica na tríplice fronteira amazônica, com projetos de vulto como o PACTAS e o Centro MAPATI, descritos com mais detalhes nas seções seguintes.
Xingu/PA
Território de convergência do MIDR, tais como o PDRSX e a Rota do Cacau. O território possui alto nível de mobilização e governança social local, além de possuir excelente dotação de infraestrutura com aeroporto local em Altamira, hidrovias funcionais e rodovias estratégicas, como a transamazônica (BR-230). O território guarda excelentes oportunidades para desenvolvimento de produtos da floresta, com alto valor agregado social (população indígena e quilombola), produtos que já são vendidos em plataformas de comércio (com marcas próprias de cooperativas e associações). O Xingu com vocação para PFNM (alimentos, alimentos funcionais, bioinsumos, terapias e fitoterápicos), e ecoturismo.
Bailique/AP
Território com grande vocação PFNM – Produtos Florestais Não Madeireiros, alimentos e bioinsumos para alimentos funcionais, potencial fitoterápicos e produtos naturais para a saúde. O açaí está como grande vetor da região, porém com riscos crescentes de “açainização”. O território conta com a Cooperativa Amazonbai, que já exporta açaí beneficiado com marca e design e alto valor agregado.
Guajará-Mirim/RO
Potencial de fronteira com maturidade ainda baixa, longo prazo para desenvolvimento, mas opção de desenvolvimento para Território fora do eixo PA-AM e extensão a prioridade de fronteira do MIDR. Opções de desenvolvimento via SAFs (Sistemas Agroflorestais) de Cacau e frutos da Amazônia. A região perpassa o Polo da Rota do Cacau em Rondônia, com grande potencial de crescimento nesse segmento.
