Inep recebe cumprimentos no Dia Mundial da Estatística

A Unesco celebra o primeiro Dia Mundial da Estatística e aproveitou a oportunidade para cumprimentar o Inep por seu trabalho. Em carta enviada ao órgão, Hendrik van der Pol, diretor do Instituto de Estatísticas da Unesco (UIS), ressaltou "a crescente necessidade de dados confiáveis para orientar decisões", seja por pessoas ou por governos.

Ainda sobre a importância do trabalho do estatístico, Gagnon considera que "o ambiente digital irá aumentar o reconhecimento do público e o uso de dados de alta qualidade". Em sua análise, o que determina a qualidade da informação é a precisão, a confiabilidade, a oportunidade e a relevância dos dados.

Essas são as premissas do Inep em seu trabalho. O órgão, que é responsável pelas estatísticas educacionais brasileiras, tem se destacado no cenário mundial pelo rigor técnico com que conduz suas pesquisas. E esse trabalho tem sido responsável pelas políticas educacionais e, consequentemente, pelo avanço da educação nacional.

Dalton Francisco de Andrade, uma das maiores autoridades nacionais em métodos estatísticos para avaliação educacional – atualmente coordenador-geral de informações e indicadores educacionais do Inep - afirma que "a avaliação educacional feita hoje no Brasil está fundamentada em métodos estatísticos, tanto na medição do desempenho quanto no estudo dos fatores associados a esse desempenho". Segundo ele, "a medição de desempenho – cálculo de proficiência – é feita tendo como base   a Teoria da Resposta ao Item, teoria estatística mais apropriada para a criação de escala de medida. O Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), por exemplo, é um índice que relaciona a nota alcançada no Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica) aos índices de aprovação e reprovação". Dalton Andrade lembra ainda que "é por meio do estudo de fatores associados – que relaciona e consegue estabelecer relações entre desempenho e características do aluno, da família, da escola e inúmeras outras - que se pode instituir ou modificar políticas públicas eficazes".

O diretor de Estatísticas Educacionais do Inep, Carlos Moreno, destaca que entre os desafios que o País precisa enfrentar nos próximos anos, a melhoria das condições educacionais da população é, seguramente, uma prioridade. "Melhorar as condições educacionais implica em aumentar a escolaridade; elevar os níveis de aprendizagem; ampliar e adequar a formação profissional – considerando as exigências do mundo do trabalho –; tornar o sistema educacional mais eficaz na capacidade de produzir concluintes em cada etapa de escolarização na idade própria; ampliar a oferta, sobretudo na educação infantil, no ensino médio, na educação pós-médio (profissional) e na educação superior".

Em sua análise, "o fundamental é que isso seja feito concomitantemente e com promoção de equidade, considerando as diferentes dimensões da diversidade demográfica e territorial do País". Para ele, esse conjunto compõe o conceito de educação de qualidade.
Diante dessa realidade, para que as políticas públicas possam ser bem desenhadas, não se pode prescindir de diagnóstico. "A estatística educacional produzida pelo Inep é instrumento valioso para conhecimento das características e dos atributos dos diferentes atores educacionais (escolas, alunos, professores, investimento em educação, etc), como também dos relacionamentos entre eles".

"É a partir das estatísticas, traduzidas por indicadores, modelos explicativos, modelos preditivos e, até mesmo, por estatísticas descritivas mais simples, mas, não menos importantes, que os gestores podem construir políticas públicas fundamentadas em diagnóstico", finaliza o diretor.

O presidente do Inep, Joaquim Soares Neto, destaca a importância de mecanismos permanentes de monitoramento e avaliação complementando a política baseada em diagnóstico fundamentado. "Tanto na elaboração da política quanto no monitoramento, a Estatística exerce papel fundamental". Para Neto, "soma-se a isso, a possibilidade do cidadão comum, do pesquisador, da imprensa, do legislativo e dos órgãos de controle terem ferramentas para acompanhar a ação do poder público, condição necessária para consolidação de um estado democrático".

Assessoria de Imprensa do Inep