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Prótese do INSS transforma vida de motoboy no Espírito Santo
Acidentes são imprevisíveis. Um instante de distração, um imprevisto no trânsito e a rotina de um trabalhador pode ser transformada de maneira drástica. Para muitos, isso representa não só a perda temporária ou definitiva da capacidade de trabalho, mas também a insegurança financeira. Contudo, com o apoio adequado, é possível recomeçar. A história de Leonardo Alves Macedo, um ex-motoboy de 33 anos, morador de Guarapari, cidade do litoral capixaba, ilustra essa realidade. Em julho de 2020, a vida mudou completamente após um acidente de moto, que resultou na amputação da perna esquerda e a perda do seu principal meio de sustento.
Em busca de apoio, Leonardo recorreu ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Como Microempreendedor Individual (MEI), em março de 2021, foi concedido o auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença). Esse benefício é destinado aos segurados do INSS que comprovam, por meio de avaliação médica, a incapacidade de trabalhar por mais de 15 dias consecutivos, devido a doença ou acidente.
“Sem esse auxílio, não sei como teria conseguido passar por esse momento. Foi essencial para a minha recuperação, não apenas financeiramente, mas também por me dar esperança de que minha vida não havia terminado após o acidente”, compartilha Leonardo.
Sua jornada de recuperação ganhou um novo impulso em agosto de 2022, quando foi encaminhado ao Programa de Reabilitação Profissional da Gerência Executiva em Vitória (ES). O programa visa apoiar trabalhadores afastados por incapacidade temporária, oferecendo meios necessários para um retorno adaptado ao mercado de trabalho.
No caso de Leonardo, a retomada às atividades está próxima de se concretizar. Por meio do Programa, ele receberá uma prótese ortopédica, que vai restaurar sua mobilidade e abrir portas para novas oportunidades profissionais. Recentemente, o segurado passou pela etapa de moldagem do coto, procedimento essencial para a confecção de uma prótese sob medida e adaptada às suas necessidades. A entrega da prótese está prevista para as próximas semanas, após os ajustes finais.
Para a analista do Seguro Social, Carolina Gava, responsável pelo acompanhamento da reabilitação, o impacto do Programa vai além da recuperação física. “A reabilitação é um direito previdenciário que oferece uma chance de reintegração ao mercado de trabalho, após uma lesão significativa. A prótese é um recurso fundamental para recuperar a funcionalidade e oferecer uma nova chance ao segurado”, explica.
O processo de reabilitação de Leonardo também incluiu capacitação profissional. Ele participou de cursos do programa Qualificar ES, nas áreas administrativas e de informática, como Auxiliar Administrativo e Contabilidade. “Esses cursos ampliam as chances de reinserção no mercado de trabalho e oferecem maior segurança quanto ao futuro”, destaca Carolina.
A analista ressalta que o Programa de Reabilitação é um processo multidisciplinar, conduzido por profissionais que acompanham de perto o beneficiário e, quando necessário, também a empresa envolvida. “Este ano, a previsão é entregar pelo menos 30 próteses, número que poderá crescer com a vigência de um novo contrato”, destaca, reforçando o compromisso do INSS em garantir direitos e a reintegração profissional de seus segurados.
Como funciona
O Programa de Reabilitação Profissional é um serviço voltado aos beneficiários incapacitados parcial ou totalmente para o trabalho, em caráter obrigatório, independente de carência, e às pessoas com deficiência, que disponiliza os meios indicados para o reingresso no mercado de trabalho e no contexto em que vivem. O ingresso do segurado, no serviço de Reabilitação Profissional, ocorre através do encaminhamento da Perícia Médica Federal, durante atendimento no INSS, ou quando houver determinação judicial para o cumprimento da reabilitação.
O programa inclui, por exemplo, avaliação do potencial laborativo, orientação e acompanhamento; articulação com a comunidade para parcerias e convênios, com vistas à formação profissional por meio de melhoria de escolaridade; cursos profissionalizantes ou treinamentos práticos; custeio integral dos gastos de transporte, alimentação e diárias, quando o caso assim exigir, para o cumprimento das atividades do processo da RP; fornecimento de órteses,próteses e meios auxiliares de locomoção (OPM), quando indispensáveis ao desenvolvimento da reabilitação profissional.
Concluído o processo de RP, o INSS emite o Certificado de Reabilitação Profissional para o beneficiário, documento que o deixa apto à contratação pela reserva de vagas da chamada “Lei de Cotas” (art. 93, da Lei nº 8.213/91).
Em caso de dúvidas, ligue para a Central de Atendimento do INSS pelo telefone 135, de segunda a sábado das 7h às 22h (horário de Brasília), ou acesse o site www.gov.br/inss.
Estagiário Bruno Caetano, com supervisão de Lissandra Pires, ACS/ES
Outras informações:
Material explicativo do Programa de Reabilitação Profissional
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